Vendedor fica sem o auxílio-doença

O vendedor Sérgio Dias de Azevedo, 50 anos, enfrenta há dois anos um câncer. Apesar de não ter a liberação de seus médicos para voltar ao trabalho, ele também não consegue mais receber o auxílio-doença do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

"De 2015 para cá acho que fiz mais de 10 perícias e nada, até já perdi as contas", diz Azevedo. Devido ao câncer, ele passou por diversas cirurgias. Precisou retirar a próstata e a bexiga.

Sérgio conta que recebeu auxílio-doença por cerca de um ano, após descobrir a doença e passar pela cirurgia. Porém, durante seu período de recuperação, teve o benefício cortado após uma perícia na APS (Agência da Previdência Social) de Santo André, no ABC.

O segurado conta que possui todos os laudos e os médicos sempre atestam que ele não está apto para o trabalho. "Só os médicos peritos do INSS dizem que eu posso trabalhar. Eu não estou pedindo nada além do que eu tenho direito. Contribuí por mais de 20 anos para o INSS", desabafou.

A última negativa que o segurado teve do auxílio foi em março do ano passado, na agência de Mauá, também no ABC. "Não sei mais para onde recorrer", disse.

Resposta
Em nota, a assessoria de imprensa do INSS em São Paulo informou que o segurado tem uma perícia agendada como recurso para a próxima quarta-feira. A orientação é que compareça às perícias com laudos e exames que "comprovem o agravamento da situação".

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