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Skaf planeja implantar ensino em tempo integral
Adriana Ferraz
do Agora
O empresário Paulo Skaf (PSB), 55 anos, diz que vai oferecer ensino de qualidade na rede pública. O ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP) quer escolas em tempo integral no Estado.
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Agora: O senhor diz que vai oferecer educação integral a todos os alunos do ensino fundamental. Como fará isso?
Paulo Skaf: Nós precisamos de investimentos. Implantei esse sistema no Sesi [Serviço Social da Indústria]. Tínhamos 211 escolas, mas 127 eram pequenas e não comportavam [o ensino integral]. Logicamente você necessita de mais salas de aulas e de áreas esportivas. Nós substituímos 127 escolas. Implantei no Sesi uma série por ano. O mesmo modelo vou fazer no Estado. Vou tomar as providências de estrutura para iniciar em 2012, ao longo de nove anos.
Agora: O senhor vai construir novas escolas?
Skaf: A estimativa é a de precisar de 43 mil novas salas de aula, 4.000 laboratórios de ciências e de informática, mil bibliotecas e 800 quadras esportivas. Isso é rigoroso? Mais um menos. Se eu tiver um centro esportivo próximo a uma escola, eu faço um convênio e não vou construir um novo. Depende das circustâncias. Pode haver a necessidade de construção de escolas ou não. Isso é um investimento de R$ 9 bilhões, em nove anos.
Agora: Os pais terão a opção de escolher ou não pelo ensino integral?
Skaf: Não, o regime da escola pública estadual será integral. A criança passará o dia inteiro na escola, apredendo na sala de aula, nos laboratórios, na quadra de esportes, se alimentando bem. Você pega uma criança de seis anos, dá nove anos de ensino fundamental e com 15 anos ela é saudável, se alimentou bem, praticou esportes, adquiriu conhecimento. Depois, você dá mais três anos de ensino médio de excelência, junto com o curso técnico e, quando ela tiver 18 anos de idade, você vai precisar de menos hospital, de menos penitenciária e vai ter alguém que teve oportunidade igual, através da educação, que é a única forma.
Agora: Quando o senhor fala em oferecer os ensinos médio e técnico juntos, quer dizer que ampliará o modelo que já existe?
Skaf: Nunca ouvi falar disso na rede.
Agora: O senhor não sabe que existe ensino médio nas Etecs?
Skaf: Se já existe, num modelo articulado, ou seja, de manhã se oferece ensino médio e de tarde, técnico, então ótimo.
Agora: Como então será feito?
Skaf: A ideia nossa é triplicar as matrículas do ensino médio integrado com o técnico, o que daria mais ou menos 500 mil matrículas.
Agora: A progressão continuada vai acabar no seu governo?
Skaf: Sim, logo no primeiro ano. Sou contra a progressão continuada, não vejo vantagem nenhuma. O aluno que está na escola tem de aprender. Se não aprender, não pode passar de ano, tem que repetir. Você tem que fazer com que haja um ensino de excelência para que os alunos que estão nas escolas aprendam. É isso o que vou fazer, junto com os professores. Vou fazer uma revolução no Estado. Escola não é depósito de criança.
Agora: O senhor é a favor do bônus por desempenho pago aos professores?
Skaf: Dessa maneira, não. Os professores têm de ter uma plano de carreira. Eles têm de ganhar bem e ter a oportunidade de se atualizarem.
Agora: De quanto será o aumento no seu governo?
Skaf: Daria um aumento, logo de cara, de 20%. Ao longo dos quatro anos, o plano é quase dobrar esse salário, chegando a R$ 3.000.
Agora: O senhor também fala em adotar lousas digitais em todas as salas de aula. Que diferença isso fará e quanto vai custar?
Skaf: O aluno tem que ir para a escola para aprender. Tudo o que se puder fazer para que o aluno fique estimulado na escola e se interesse em aprender, deve ser feito.
Agora: As escolas do Sesi contam com essas lousas?
Skaf: Não, estamos começando a implantar nas escolas novas.
Agora: Então, o senhor não sabe qual é o resultado.
Skaf: Não aqui, mas gente nossa viajou, viu onde tem e a experiência é muito boa.
Agora: No seu plano de governo, o senhor afirma que vai oferecer vagas para crianças de até três anos em creches. Quantas serão?
Skaf: Existem, de zero a três anos, 2,2 milhões de crianças no Estado. Cerca de 37% dessas crianças têm mais que trabalham, o que dá mais ou menos 800 mil crianças. Hoje, são 540 mil matrículas de creches existentes e uma falta de 260 mil, em todos os municípios.
Agora: O Estado vai construir as creches?
Skaf: Não, o Estado vai conveniar creches e ajudar os municípios com recursos. O custo aproximado de uma criança matriculada em creche é de R$ 3.000 por ano. Vamos repassar até 50% desse valor. Será R$ 1.500, no máximo, multiplicado por 260 mil crianças. Seria uns R$ 400 milhões por ano.
Agora: O senhor colocaria um filho seu na escola pública
Skaf: Não. Como governador, colocaria depois de uns dois anos de governo.
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