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Russomanno diz que vai colocar policial nas escolas
Adriana Ferraz
do Agora
Celso Russomanno (PP), 54 anos, afirma que, se for eleito, vai transformar as escolas em locais seguros. O deputado federal defende o policiamento nos colégios e a participação da comunidade no processo de ensino. Ele diz que dará aumento aos professores.
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Agora: O senhor vai acabar com a progressão continuada?
Celso Russomanno: Sim, já em 2011.
Agora: Como será feita essa mudança?
Russomanno: Vamos acompanhar o aluno. O que falta é professor. Posso te mostrar que, no ano passado, 10 mil aulas não foram dadas no Estado. Sei de escolas onde a maioria das disciplinas não tem professor. Os alunos têm uma, duas horas por dia de aula. Eles [governo] não conseguem nem compor o quadro necessário. Fizeram um concurso que foi um lixo. Todo o mundo tá reclamando. O processo de bônus foi uma enrolação para o professor e, inclusive, ajuda a fazer com que o professor não queira reprovar o aluno. Virou uma lástima. Não tem evasão? É porque há o bolsa-família e o renda-cidadã. Se o aluno frequenta a aula, ganha. Ele sai com diploma na mão. E aí, consegue emprego? Ou estamos criando o mundo dos excluídos? São alunos que não vão jamais entrar nas Etecs.
Agora: O governo diz que a maioria dos alunos das Etecs já estudava em escolas públicas.
Russomanno: O governo mente. Os alunos não passam no exame para entrar nas escolas técnicas.
Agora: Por que existe uma diferença tão grande entre escolas regulares e técnicas?
Russomanno: As escolas técnicas são só uma vitrine, para vender. É uma minoria muito inexpressiva. Você quer analisar o Centro Paula Souza? Dos cursos que são dados lá, quantos têm aproveitamento? Só 20%. A maioria dos cursos não tem procura, não gera empregos.
Agora: Quais cursos deveriam ser oferecidos?
Russomanno: Os que têm procura de mercado.
Agora: Quais são?
Russomanno: Na indústria, por exemplo.
Agora: Quais, por exemplo?
Russomanno: Não sei agora, mas tenho o levantamento.
Agora: Mas o senhor defende o modelo e diz que vai ampliar o ensino técnico no Estado.
Russomanno: Mas pretendo dar cursos de acordo com o mercado de trabalho. É a oferta da procura e da demanda. Não adianta oferecer cursos que não têm mercado para o pessoal trabalhar. Você planta uma coisa que não é verdadeira.
Agora: A rede estadual tem 94 mil professores temporários. O senhor vai contratar? Vai aumentar os salários pagos?
Russomanno: Vou aumentar o salário, mas ainda não posso definir de quanto. Tenho tentado levantamentos através da secretaria de educação e eles não informam. Preciso dos números.
Agora: Quais números?
Russomanno: Quanto ganha cada professor, quais são as faixas de professor.
Agora: Isso está no site do governo.
Russomanno: Não para eu definir quanto nós vamos dar de aumento. Não posso aqui fazer uma loucura e falar que vou dar 20%, 30% de aumento, mas temos de fazer isso acontecer, incluindo, no aumento, as gratificações. Os professores também terão carreira. Ele vai poder crescer. Não dá mais para o cara assumir como professor e morrer ali, sem poder crescer. Hoje, é tudo cargo de confiança, só há um grupo que toma conta. Por que o professor não pode ser diretor de escola?
Agora: O senhor também defende a avaliação do professor? Isso será feito por meio de prova?
Russomanno: A avaliação do professor deve ser feita por prova, mas preciso definir isso com a classe. Esse negócio de impor, de cima para baixo, não é o melhor caminho. Todas as imposições não dão certo.
Agora: Mas assim as propostas não ficam vagas?
Russomanno: Não. Sempre respondi que tenho de conversar com as categorias para achar os melhores caminhos. Não sou o detentor das melhores fórmulas. Tem de crescer na carreira, isso eu posso te dizer, e na medida que cresce, ganha melhor salário. Não dá para ganhar o que ganha. Hoje, o professor de São Paulo é o 14º mais mal pago do país. Então, vamos lá. Quem paga melhor? É Brasília? Vamos equiparar. Agora, eu preciso de tempo para fazer isso. Não dá para ser da noite para o dia.
Agora: O senhor também defende a educação integral no ensino fundamental?
Russomanno: É tudo o que os pais pedem. Vou trabalhar em parceria com os municípios. Quem faz melhor, tem mais recursos. As mães também pedem por vagas em creches que funcionem 24 horas por dia. São processos que você pode modificar com os municípios. Você cria programas de incentivo. Se está bem gerido, aumenta-se o valor. Quem fica com a força? O prefeito, que pode controlar a qualidade dos serviços.
Agora: Como combater o tráfico nas escolas?
Russomanno: Vou pôr dois policiais reformados com contratos temporários nas escola, como está sendo feito no Rio Grande do Sul.
Agora: O senhor então vai acabar com a ronda escolar?
Russomanno: Sim, a polícia já vai estar presente, em todos os turnos, com rádio e arma. E, aos finais de semana, a polícia também estará presente. Quero entregar a escola à comunidade aos finais de semana, que pode organizar bailes de terceira idade, cursos de informática, de corte e custura, de cabeleireiro.
Agora: Isso não é uma utopia? O senhor não tem que primeiro reformar as escolas?
Russomanno: Sim, mas quando a comunidade cuida da escola, todo mundo conserva e fiscaliza. O que não pode é deixar do jeito que está.
Agora: O senhor colocaria um filho seu na escola pública hoje?
Russomanno: Não, porque não presta.
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