Capa | Olá! | Zapping | Nas ruas | Grana | Trabalho | Dicas | Defesa do Cidadão | Editorial | Vencer | Show! | Brasil | Mundo | Máquina | Domingo é Show! |
Mercadante promete cartão para integrar o sistema
Adriana Ferraz
do Agora
O senador Aloizio Mercadante testa sua popularidade em São Paulo pela segunda vez consecutiva. Nas últimas eleições, o petista recebeu 6,7 milhões de votos na disputa pelo governo. Agora, com o apoio do presidente Lula, promete revolucionar a saúde:
- Série vai debater eleições
- Ampliar especialidades é o desafio na saúde
- Paulo Skaf afirma que fará choque de gestão
- Russomanno quer priorizar o atendimento primário
- Alckmin pretende abrir mais ambulatórios em SP
Agora - O senhor tem o plano de abrir clínicas para tratamento de dependente de crack em toda cidade com mais de 50 mil habitantes. Como elas vão funcionar?
Aloizio Mercadante - Em parceria com o governo federal, que vai alocar quase R$ 400 milhões para esse projeto, e com os municípios. O Estado vai complementar o financiamento para implantar essa estrutura de tratamento psicológico e clínico. É um problema de saúde pública.
Agora - O senhor quer criar o cartão da saúde. Ele substituirá o cartão do SUS? Que diferença fará?
Mercadante - Hoje, o cartão do SUS não funciona como deveria funcionar. Se você tiver todo o sistema integrado e informatizado, o paciente vai ter um prontuário no sistema e qualquer médico que ele for terá o histórico dele registrado. Ele não precisará ficar levando exames e o médico saberá o que aconteceu com ele. Por exemplo, se você sai daqui e for socorrido por uma ambulância até o primeiro hospital ninguém de lá vai saber o seu histórico. Mas se você tem um histórico clínico informatizado, como existe na Europa, e isso não é nenhuma novidade, o médico tem muito mais capacidade de resposta. Além disso, se você tem um sistema informatizado, a marcação de consultas é muito mais eficiente. Dá muito mais qualidade no atendimento.
Agora - Esse cartão funcionaria em unidades municipais, estaduais e federais?
Mercadante - O SUS tem que ser informatizado. Já existe muito esforço nessa direção. São Paulo tem de ser vanguarda nesse processo, tem as melhores condições. Ainda tem a telemedicina. Se você está no interior, numa consulta com clínico-geral, e precisa de um especialista, o médico pode passar imediatamente o exame para o especialista, que vai receber pela tela do computador exatamente o que o outro médico está vendo e orientar. Com isso você ganha uma consulta.
Agora - Mas as unidades nem têm computadores nos consultórios. O senhor vai oferecer essa tecnologia?
Mercadante - É, estamos atrasados na tecnologia da informação. Mas o futuro passa por isso, na educação, na saúde, na segurança, nos serviços públicos. Hoje, você vai declarar imposto de renda, faz pela internet. Por que o Estado é capaz para arrecadar impostos de ter um serviço eficiente como a Receita Federal e para prestar um serviço não faz, na saúde e na educação? Que chance vão ter os jovens que estão saindo das escolas se eles não dominarem a internet, não souberem o que é o Google e não puderem fazer uma pesquisa na internet? Informatizar é um grande salto de qualidade que, num primeiro momento, você precisa de mais investimentos mas, a médio prazo, melhora os serviços e reduz custos.
Agora - O senhor pretende construir novos hospitais?
Mercadante - Sempre é necessário, onde há grande carência de leitos.
Agora - Em que local, por exemplo?
Mercadante - O litoral norte, onde há uma grande demanda, principalmente no período das férias, da alta temporada, e não há um hospital regional para atender a população. E não dá tempo de subir a serra. A população está totalmente prejudicada no seu atendimento e os turistas não têm o atendimento necessário.
Agora - Então será, pelo menos, um hospital no Estado?
Mercadante - Não estou dizendo que será só no litoral norte. Temos de discutir região por região e não tenho como fazer isso agora. Sei que há uma grande demanda em algumas regiões por leitos hospitalares. As UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) vão ajudar muito na emergência. São 123 em construção no Estado. Vamos ajudar no co-financiamento para agilizar esse processo (com o governo federal). Nas grandes cidades, a UPA tem 25 leitos de UTI, portanto ela estabiliza o paciente e diminui a demanda hospitalar. Aí, você melhora a média e a alta complexidade e atende melhor porque está resolvendo parte da emergência na UPA.
Agora - O senhor vê diferença de qualidade entre UPAs e AMEs?
Mercadante - A UPA está integrada no SUS e é importante que toda a estrutura esteja integrada.
Agora - Mas o AME está integrado às unidades básicas e às AMAs na capital.
Mercadante - Não necessariamente e tem que estar totalmente integrado. Não pode ser um sistema de porta-fechada, como os hospitais de OSs (Organizações Sociais). Eles não podem ser de porta-fechada se ao lado há a demanda de hospital porta-aberta que não dá conta. A unidade básica faz promoção, prevenção e o primeiro atendimento. São muito importantes e o governo do Estado tem que participar de todas as instâncias e isso não está acontecendo, falta parceria.
Agora - O senhor vai investir em novos AMEs?
Mercadante - As UPAs ou os AMEs devem ser uma estrutura só. Acho que os AMEs são um bom projeto, não tem porque não continuar, mas eles são muito insuficientes para o tamanho do problema que nós temos.
Agora - O senhor é a favor de fazer contratos de gestão com organizações sociais para o comando de hospitais?
Mercadante - Vamos criar mecanismos para ter mais transparência, mais controle dos custos para verificar exatamente qual é o desempenho dessas instituições.
Agora - Isso falta atualmente?
Mercadante - Falta transparência, controle do processo de gestão dessas instituições. Eles fazem parte do sistema público, tem que ter transparência.
Agora - No seu governo, o médico vai ter aumento?
Mercadante - Lógico que tem que ter. Nós governamos, olhando para o funcionalismo de uma forma diferente do que essa visão neoliberal teve ao longo da história, que acha que o servidor não tem papel fundamental na prestação de serviços.
Agora - De quanto dá para ser o aumento?
Mercadante - Não dá para dizer quanto será o reajuste agora. Não posso saber como vou encontrar as finanças do governo. Vamos instalar uma mesa permanente de negociação. Quando eles olham para o governo Lula, eles confiam que nós vamos fazer isso porque fizemos a nível nacional.
Índice
22/03/2019
Casos de dengue triplicam na capital
Manchete da edição nº1 falava sobre investigação aberta contra Maluf, agora preso
Empresário é morto em tentativa de roubo no ABC
Serviço funerário é o pior da prefeitura, diz Bruno Covas
Represas em SP terão plano de ação para emergências
Em 20 anos, as lentes dos fotógrafos do Agora registraram a história
Agora completa 20 anos a serviço do leitor
Agora é campeão de vendas nas bancas do estado de São Paulo
Celebridades e figuras públicas parabenizam os 20 anos do Agora
Enxurrada mata mãe e filha em Bauru
21/03/2019
Café da manhã saudável deve ser a principal refeição
Remoção de grafite em prédio gera polêmica em São Paulo
Síndico deve se precaver caso o condomínio alagar
Gestão Doria demite 3 por carne de frigorífico interditado na merenda
Falta de informação prejudica visita ao Memorial da América Latina
Crianças de escolas públicas são barradas em shopping de elite em SP
Dengue se espalha no interior de SP; Bauru é a cidade com mais mortes
Total de mortes nas chuvas de verão aumenta em São Paulo
Falso médico é preso em Guarulhos por aplicar silicone industrial
Casal afunda em buraco no piso da própria casa em SP
Dupla usava site de vendas para aplicar golpes na capital paulista
Governo de SP usa carne de frigorífico interditado na merenda escolar
20/03/2019
Com ajuda de cão, PM apreende mais de 300 kg de drogas em Paraisópolis
Barrar agressores de tirar OAB é positivo, dizem especialistas
Covas quer conceder por R$ 1,1 milhão por 35 anos parque criado em 2016
Santo André tem dois casos de feminicídio em sete horas
Terceiro suspeito é detido e vai para a Fundação Casa
Covas quer dar anistia para os imóveis irregulares em SP
Alerta do Waze para áreas de crimes irrita moradores
19/03/2019
Bando rouba mercadoria apreendida pela prefeitura
Vítimas das enchentes ainda estão contando os estragos
PSDB fica na fila e consegue barrar criação da CPI da Dersa
Raul Brasil volta a receber alunos hoje após massacre
17/03/2019
Falta de informação prejudica visita ao complexo cultural
Memorial completa 30 anos com desafio de atrair público
Síndico deve se precaver contra alagamentos
Escola alvo de massacre é reaberta para professores
Meningite bacteriana é o tipo mais perigoso e pode até matar
16/03/2019
Polícia atendeu 69 ligações sobre massacre em Suzano
Após 4 meses, viaduto da marginal Pinheiros é liberado
ONG faz apelo para artista britânico grafitar a unidade
Polícia de SP apura sumiço de 600 kg de droga trocados por cal e madeira em delegacia
Congonhas ganha fila no desembarque
Justiça condena madrasta e pai pela morte de Bernardo
Bairros alagados demoraram 100 dias para limpar córrego
Terceiro suspeito de ataque é liberado após ser ouvido
15/03/2019
Escoteiros prestam homenagem a Samuel em cemitério de Suzano
eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).