Em audiência, Bruno diz que Eliza pediu R$ 50 mil
Folha de S.Paulo
Em seu primeiro depoimento sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, o goleiro Bruno Fernandes afirmou que a ex-amante exigiu que ele pagasse R$ 50 mil para evitar um escândalo e negou envolvimento no sumiço.
O pedido teria sido feito quando ela ainda estava hospedada no Rio. De acordo com o depoimento do ex-jogador à juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, um dia antes ao pedido, Eliza havia brigado com o adolescente primo de Bruno no carro do jogador, onde a perícia encontrou sangue compatível com o da ex-amante.
O jogador acrescentou que Eliza exigiu seguir com o goleiro para Minas Gerais para ter certeza de que ele depositaria o dinheiro. Ele afirmou que, em Esmeraldas (MG), deu R$ 30 mil a Eliza.
O goleiro que mentiu à imprensa sobre a última vez que esteve com ela. Antes de ser indiciado, ele afirmou que a ex-amante não havia estado em seu sítio. "Menti talvez por medo. Falei até sem pensar. Fui para casa e falei comigo mesmo: por que menti?"
Na versão que o goleiro apresentou, ele aceitou, já em Minas, o pedido dela para ficar com o bebê por sete dias, sem explicar o que faria. Depois disso, nunca mais foi vista.
Ainda ontem, ele afirmou que, três dias após o desaparecimento de Eliza, patrocinou uma festa em Angra dos Reis para o seu time, chamado 100%, de Ribeirão das Neves (MG), que foi fazer turismo no Rio de Janeiro e onde também realizou um jogo. Segundo suas declarações, na festa havia 70 mulheres --dentre elas, 15 prostitutas contratadas.
Ele ainda acusou de extorsão, o delegado Edson Moreira. Segundo o atleta, o policial pediu R$ 2 milhões para livrá-lo da acusação do desaparecimento.
O policial afirmou que não irá comentar as acusações dos réus nos depoimentos em Contagem.
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