João Paulo poderá cumprir pena em regime fechado

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, encerrou a primeira parte do julgamento do mensalão aplicando nova condenação ao deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que horas depois anunciou a seu grupo político a desistência de concorrer à Prefeitura de Osasco (Grande SP).

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A nova punição no caso do mensalão --o petista agora está condenado por três crimes-- aumenta as chances de ele ter de cumprir parte da pena em regime fechado.

Britto proferiu o sexto voto para condenar o petista por lavagem de dinheiro e também o considerou culpado por corrupção passiva e peculato, crimes em relação aos quais já havia maioria na Corte para a condenação.

Os crimes atribuídos ao petista se referem a desvio de dinheiro da Câmara dos Deputados, quando ele presidiu a Casa (2003-2005).

Sua pena, ainda não definida, poderá ficar acima de oito anos e começaria a ser cumprida na prisão, em regime inicialmente fechado.

Ontem, Britto ainda condenou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, Marcos Valério e dois sócios.

Cunha informou ao PT a decisão de retirar sua candidatura em reunião ontem em Osasco.

O vice de sua chapa, Jorge Lapas, assumirá o posto. Segundo participantes, João Paulo chorou. O prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT), disse que a hora agora é de "enxugar as lágrimas" e seguir em frente.

Resposta

Em Osasco, João Paulo não quis falar com a imprensa. Sua defesa sempre negou a prática de crimes.

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