Cadeirante afirma que foi ameaçado
Folha.com
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - O advogado e cadeirante Anatole Magalhães Macedo Morandini, que no mês passado foi agredido por um delegado após discussão envolvendo uma vaga especial de estacionamento, denunciou à Corregedoria da Polícia Civil ter recebido uma ameaça de morte por telefone.
Uma perícia feita no aparelho celular de Morandini constatou que o número de onde partiu a ligação é de um dos telefones da Delegacia Seccional de São José dos Campos (97 km de São Paulo).
O delegado Damasio Marino, que agrediu o cadeirante, era titular da 6ª Delegacia de Polícia de São José dos Campos. Após o episódio, ele foi afastado das funções pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.
De acordo com o corregedor da polícia no Vale do Paraíba, Antonio Alvaro Sá de Toledo, a ameaça aconteceu no dia 28 de janeiro. Um inquérito foi aberto para investigar o caso.
No dia 17 de janeiro, Morandini repreendeu o delegado Damasio Marino por ele ter estacionado em uma vaga destinada a deficientes físicos que fica em frente a um cartório, no centro da cidade.
O cadeirante afirma que, após discussão, foi agredido com coronhadas pelo delegado. Cinco testemunhas confirmaram à Corregedoria ter visto o delegado usar a arma para agredi-lo.
Marino negou o uso do revólver, mas admitiu ter dado "dois tapas" no cadeirante após receber uma cusparada no rosto.O delegado chegou a justificar a agressão afirmando que não pôde "suportar" a suposta cusparada que levou do deficiente físico. A reportagem procurou os responsáveis pela seccional, mas não localizou ninguém ontem para comentar o assunto.
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