Delegado que brigou com cadeirante é afastado
Folha de S.Paulo
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - O delegado Damasio Marino, que agrediu o advogado cadeirante Anatole Magalhães Morandini em uma briga por vaga de estacionamento, foi afastado ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Ele cumprirá tarefas administrativas até o fim do inquérito que investiga o caso. Também teve que entregar arma e carteira funcional.
A agressão ocorreu na segunda-feira, em São José dos Campos (91 km de São Paulo), depois que o cadeirante repreendeu o delegado por estacionar seu carro em uma vaga especial para pessoas com deficiência --o que não é o caso de Marino.
Ainda ontem, quatro testemunhas confirmaram à Corregedoria da Polícia Civil que o delegado usou uma arma para dar coronhadas e ameaçar Morandini.
Uma das testemunhas disse ontem que, ao ver a cena, pensou que fosse um assalto. Morandini tem ferimentos na cabeça e abaixo do olho esquerdo. Ele mostrou à reportagem uma camiseta suja de sangue.
Damasio Marino, que trabalha no 6º DP da cidade, negou, por meio de seu advogado, que tenha usado a arma para bater em Morandini.
Admitiu, entretanto, que deu "dois tapas" no cadeirante depois de ter sido xingado e receber cusparada no rosto. O agredido diz que cuspiu em seu carro.
O delegado depôs ontem, mas não falou com a imprensa. Marino, disse o advogado, avalia que tinha direito de estacionar na vaga especial porque estava acompanhando a noiva, grávida de quatro meses. A prefeitura diz que a vaga é apenas para pessoas com deficiência.
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