Exército deverá permanecer em favelas por até sete meses

RIO - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou ontem que já acertou com o Ministério da Defesa a permanência do Exército nas ruas dos recém-ocupados complexo do Alemão e Vila Cruzeiro até a instalação de duas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).

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Cabral estimou de seis a sete meses a permanência dos militares nas favelas, embora a Polícia Militar acredite poder fazer a transição em menos de quatro meses.

O governador disse que falta ainda acertar questões técnicas, como o número de militares da operação --atualmente, 800 homens do Exército cuidam do policiamento dos acessos ao complexo do Alemão. A Secretaria de Segurança Pública do Rio estima que serão necessários 2.000 homens para fazer o policiamento nos locais.

A missão do Exército será fazer um "policiamento ostensivo permanente" até a instalação das UPPs. A tarefa normalmente cabe a unidades de elite da PM, que ficarão disponíveis para eventuais operações policiais em outras favelas da cidade.

"A reconquista dos territórios já foi efetivada, agora são os próximos passos. A presença das forças do Ministério da Defesa nos dá tranquilidade para que possamos continuar com nosso calendário de UPPs [em outras favelas]", afirmou Sérgio Cabral.

Criadas em 2008, as UPPs são postos de policiamento comunitário instalados em favelas para garantir a manutenção da paz após operações policiais que desmantelaram o tráfico nesses locais. As 13 UPPs já em atividade no Rio têm um efetivo de 2.272 policiais. Sozinha, a que será instalada no Alemão terá cerca de 2.000, ou 5% do efetivo da polícia no Estado.

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