Criança é baleada ao se recusar a incendiar moto

RIO -- Um menino de oito anos foi baleado na perna por um suspeito, identificado apenas como Madrinho, no morro do Jacarezinho, na zona norte do Rio. Segundo o menino, ele estava brincando com mais quatro garotos, quando o bandido os abordou pedindo para eles incendiarem uma moto. Ao ver a recusa da criança, que saiu correndo, o homem disparou um tiro contra ele.

O garoto foi socorrido e levado para o Hospital Geral do Andaraí, também na zona norte. Funcionários da unidade informaram que o garoto passa bem.

Após o crime, o homem fugiu para o interior da favela. A polícia está com o policiamento reforçado na região, mas até a conclusão desta edição, à meia-noite, não havia informações de troca de tiros no morro do Jacarezinho.

Segurança

O segurança Rogério da Costa Cavalcante, 34 anos, baleado no abdome durante um tiroteio entre soldados do Exército e traficantes do complexo do Alemão, foi operado na madrugada de ontem e está em estado gravíssimo na UTI do Hospital Getúlio Vargas, na zona norte. Ele respira com a ajuda de aparelhos.

Rogério Cavalcante foi atingido quando saía de casa para distribuir convites para a festa do primeiro ano de Mateus, seu filho que fez aniversário ontem.

O morador do complexo do Alemão caiu baleado com um tiro de fuzil em frente aos fotógrafos, a quem pediu socorro antes de perder a lucidez. O tiro entrou pelas costas, rasgou o intestino e o pâncreas e saiu pelo abdome. Acostumado a manejar armas, Rogério, diz a família, faz cursos de capacitação regularmente para manter a licença de segurança, mas está desempregado há dois anos.

De quarta-feira, quando as primeiras vítimas do conflito no Alemão começaram a chegar ao Hospital Getúlio Vargas, até o início da tarde de ontem, 40 pessoas haviam sido atendidas. Seis morreram.

Além de Cavalcante, outro paciente em estado grave é o motorista de ônibus Reginaldo Dias Peixoto, 36 anos, atingido por um tiro na cabeça enquanto trabalhava. Segundo testemunhas, ele desobedeceu ordens de traficantes para parar o ônibus que dirigia.

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