Serviço funerário sofre com falta de servidores e veículos

Falta de funcionários, veículos impróprios, demora para transportar os corpos e desrespeito aos familiares. Esse é o retrato do Serviço Funerário Municipal de São Paulo, administrado pela prefeitura, encontrado pelo Vigilante Agora na última semana.

O número insuficiente de servidores, principalmente de motoristas, faz com que as famílias cheguem a esperar mais de 12 horas pela remoção dos corpos em casa ou hospitais.

"Meu filho morreu às 20h35, mas o corpo só chegou ao Serviço de Verificação de Óbitos às 11h do dia seguinte", lamenta Aumirene Lemos, mãe de uma criança de 12 anos que morreu no hospital após sofrer uma parada cardiorrespiratória.

Já a dona de casa Maria Stoianov, 57 anos, teve que esperar seis horas no SVO para receber um caixão vindo da agência Araçá, a menos de 2 km de distância.

"Me disseram que não tem motorista para trazer o caixão. Vou pagar o velório e não conseguirei me despedir da minha irmã", lamentou.

Resposta

A Prefeitura de São Paulo informou que 35 motoristas aprovados em concurso serão convocados para as vagas.

Segundo a administração, a frota é composta por 117 veículos próprios e 60 veículos funerários adaptados.

Da frota própria, 56 estão operando, 33 veículos estão inutilizados e 28 estão em conserto.

A prefeitura informou que não adota a prática de colocar corpos em sacos (apesar dos funcionários dizerem que há risco de contágio de doenças).

Diz desconhecer, ainda, que corpos sejam transportados amontoados.

Quanto à oferta de serviços funerários por papa-defuntos, a prefeitura informou que é proibida, mas não respondeu se realiza fiscalização da irregularidade ou como ela é feita.

Não foi informado quando os novos fornos do Crematório da Vila Alpina começam a operar.

A administração diz que os funcionários recebem quatro conjuntos de uniformes por ano.

Sobre problemas nos cemitérios, a prefeitura informa que todas as ocorrências registradas são encaminhadas às autoridades policiais e a GCM realiza rondas nos locais.

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