Pichações, sujeira e urina prejudicam monumentos

Símbolo de momentos importantes e históricos e de pessoas ilustres, os monumentos de São Paulo estão praticamente abandonados.

Durante dois dias, o Vigilante Agora visitou os principais monumentos da cidade - foram 20 locais- e encontrou problemas, como pichações, em 18 deles.

Na estátua que homenageia Pedro Álvares Cabral, na zona sul, por exemplo, picharam: "Portugueses escravizaram os índios".

"É um desrespeito. Os monumentos têm valor histórico e precisam ser preservados", diz o estudante Gustavo Lisboa Gritti, 18 anos.

Localizado na região central, o Monumento ao Duque de Caxias, patrono do Exército, tem fezes de pombos e uma das esculturas que ficam ao seu redor está quebrada.

Também no centro, a estátua de Carlos Gomes, o principal compositor de ópera brasileira, virou um tipo de banheiro público: durante a noite e em plena luz do dia, as pessoas usam o local para urinar.

Resposta

Em nota, a Secretaria Municipal da Cultura informou que há na cidade, aproximadamente, 400 obras e que a limpeza é realizada a cada três meses, para não danificá-las, por uma equipe do Departamento do Patrimônio Histórico.

A pasta informou ainda que está substituindo as placas de bronze dos monumentos, que são furtadas com frequência, por peças de granito.

Sobre os atos de vandalismo, a secretaria disse que realiza ações de conscientização constantemente.

A coloração esverdeada das estátuas, segundo a secretaria, é resultado da oxidação que acontece no material do qual a obra é feita.

O projeto executivo para restaurar a Fonte Monumental está em fase de licitação, segundo a pasta.

Sobre o Monumento ao Duque de Caxias, a secretaria informou que a "perna de um dos cavalheiros foi alvo de vandalismo" e que não há previsão para o restauro.

Responsável pelo Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, a Polícia Militar informou que a realização dos projetos de restauro está em fase inicial e que a previsão é de que as obras tenham início entre fevereiro e março do próximo ano.

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