Veja a situação dos principais convênios

Antes de contratar um novo plano de saúde, é importante conhecer, de perto, o desempenho da empresa. O ranking das operadoras de planos de saúde, que teve os novos resultados divulgados ontem pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), pode ajudar nessa busca.

• Veja as notas das operadoras em São Paulo na edição impressa do Agora, nas bancas nesta terça-feira, 11 de agosto
• Setor diz que resultado pode ser questionado

No país, 1.480 empresas foram avaliadas na atenção à saúde, estrutura, satisfação do cliente e situação financeira.

Com base nesses dados, o Agora selecionou as principais operadoras do Estado. Foram selecionadas 64 empresas com o maior número de beneficiários, entre cooperativas, medicina de grupo e seguradoras.

No ranking da ANS, foram dadas cinco notas, que variam de zero a um. De todas as empresas avaliadas no país, só 15 tiraram a melhor nota, que vai de 0,8 a 1, segundo a ANS.

No Estado, das 64 operadoras selecionadas pela reportagem, 15 tiveram as duas piores notas (de 0 a 0,39). Apesar de nenhuma das selecionadas ter conseguido a maior nota, 23 conseguiram nota boa, de 0,6 a 0,79, acima da média.

Os consumidores podem consultar o resultado de sua operadora diretamente no site www.ans.gov.br ou no Disque ANS, pelo 0800-7019656.

Para fazer a consulta, é preciso ter o número de registro da operadora (informado na carteirinha do beneficiário) ou o nome da empresa.

No país, metade dos convênios com assistência médico-hospitalar do ranking (49,7%) ficou com as duas piores notas --tirando os só odontológicos.

Apesar disso, 200 empresas com nota alta (de 0,6 a 0,79) atendem 45% dos clientes dos planos desse segmento (17,9 milhões de clientes).

Nos 402 planos odontológicos da pesquisa, mais da metade dos clientes (60%) conta com as melhores notas.

Apesar de existir, até agosto, 1.707 operadoras ativas e com beneficiários, o ranking não traz os resultados de operadoras com menos de um ano ou em regime especial (em crise).

Para a advogada do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) Daniela Trettel, o resultado mostra que os planos, líderes de reclamações no Idec há nove anos, seguem com problemas. "Não basta a ANS divulgar essas notas, também é preciso ter medidas práticas para fazer as operadoras melhorarem", diz.

Outra crítica é que a satisfação dos beneficiários tem peso de só 10% para a nota e que os dados não levam em conta as reclamações dos Procons.

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