Ataques deixam 38 mortos

RIO - De acordo com um balanço divulgado pela Polícia Militar do Rio, onze pessoas foram mortas ontem em confronto com policiais nas operações para coibir a onda de ataques registrados no Estado desde o último domingo. Desde o início das ações, 38 pessoas já morreram no Rio. Pelo menos cem pessoas já foram presas desde domingo.

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A operação na Vila Cruzeiro não impediu novas ações criminosas ontem --pelo contrário. Depois da entrada dos policiais na favela, ao menos 23 novos veículos foram queimados em diversas partes da cidade e da região metropolitana. No dia inteiro, foram 37; desde domingo, são 80.

Por volta das 20h, bandidos atearam fogo contra um ônibus na av. Presidente Vargas (principal ligação entre a zona norte e o centro), a 600 metros da sede da Secretaria de Segurança, onde o secretário José Mariano Beltrame dava uma entrevista coletiva.

Beltrame afirmou ontem que o objetivo central das ações da polícia no Estado é o de tirar território do tráfico.

"Essas ações estão sendo feitas com o objetivo de garantir a continuidade do que já está sendo feito. Foi tirado dessas pessoas o que nunca foi tirado, o território, seu porto seguro. Eles faziam suas barbaridades e corriam para seu reduto, protegidos por armas de guerra. É importante prender, mas é mais importante tirar o território", disse Beltrame. "Se não tirar o território, não se avança."

Beltrame disse ainda que ações estratégicas, com auxílio da Polícia Federal, estão programadas para hoje. "A resposta virá de uma maneira arquitetada, firme e que produz o que todos nós queremos, que é a paz", afirmou o secretário.

A polícia investiga se os ataques estão sendo orquestrados pelas facções Comando Vermelho e ADA (Amigos dos Amigos). Anteontem, oito presos foram transferidos do Rio para o presídio de segurança máxima em Catanduvas, no Paraná.

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