22/04/2012

O rei do drama

Vivian Masutti
do Agora

Especialista em melodramas românticos, o americano Nicholas Sparks, 46 anos, é um fenômeno editorial no Brasil: teve mais de 2 milhões de livros vendidos desde 2010. Sete obras suas viraram filmes e se converteram em mais popularidade.

Clique aqui para conferir o primeiro capítulo de "O Melhor de Mim"

No resto do mundo, não é diferente: Sparks foi traduzido para 45 idiomas e já vendeu quase 80 milhões de exemplares.

O último lançado por aqui foi "O Melhor de Mim" (R$ 24,90, 272 págs., Arqueiro), que chegou às livrarias em março.

O escritor lançou seu primeiro livro aos 31 anos, quando um acidente o fez abrir mão do sonho de se tornar atleta.

Formado em economia, publicou mais 16 títulos desde então e hoje mora na Carolina do Norte com a mulher e os cinco filhos.

Em campanha de divulgação do novo filme pelos Estados Unidos, Sparks concedeu uma entrevista à coluna por e-mail.

Na conversa, ele falou da importância da sua obra mais recente e das suas influências literárias.

O americano acredita que o sucesso dos seus livros deve ser atribuído à identificação dos leitores com as suas histórias e considera Stephen King (de "O Iluminado", 1977), especialista em thrillers populares, o maior escritor da história.

Agora - O que "O Melhor de Mim" significa para você?
Nicholas Sparks - A mesma coisa que todos os outros livros desde "The Notebook" [de 1996, "Diário de uma Paixão" na versão brasileira], que fez muito sucesso. Na época, eu não tinha certeza de que conseguiria escrever outro romance tão apreciado. Desde então, tenho escrito todos da melhor maneira possível, como imagino que os leitores vão gostar.

Agora - Como é ir parar no cinema?
Sparks - É muito divertido. Eu tive a oportunidade de imaginar a história como eu queria, todos os leitores tiveram também, e os filmes são simplesmente outra maneira de aproveitá-la.

Agora - Qual é sua obra favorita?
Sparks - É impossível dizer. O que eu posso afirmar é que fiz o meu melhor em todos os romances que escrevi e sinto orgulho de todos eles.

Agora - Seus livros são dramáticos. Por que eles agradam tanto?
Sparks - Não é só porque um livro tem elementos trágicos que ele se tornará automaticamente um sucesso. Então, acho que o leitor relaciona suas experiências com o que eu narro nos meus romances, e isso faz com que os personagens ganhem vida. Para obter esse efeito, as emoções têm de ser evocadas de forma verdadeira. Se isso é benfeito, os leitores torcem para que os personagens sejam felizes e choram quando algo trágico acontece.

Agora - Quais são suas influências?
Sparks - Se tivesse de dizer um nome só, diria Stephen King. Lendo suas obras, me imaginei como escritor. Você nunca deve se esquecer do fato de que está escrevendo histórias para que os leitores gostem e se divirtam.

Agora - Quem é o maior escritor vivo?
Sparks - Stephen King, sem dúvida. Não há outro na história que tenha conseguido alcançar a largura e a profundidade, a quantidade e a qualidade do seu trabalho.

Vivian Masutti, 25 anos, é jornalista formada pela Cásper Líbero e bacharel em letras pela Universidade de São Paulo - vivian.masutti@grupofolha.com.br

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