A rainha da bancada

Coluna dá dicas para a escolha de facas e sugere uma saborosa receita de salada para o leitor treinar cortes em legumes

Olá, cozinheiros! Bem-vindos a mais uma aventura na cozinha!

Quando alguém me pergunta se deve investir em uma boa faca, minha resposta é sempre a mesma: "Se você quer cozinhar de verdade, sim"! O utensílio mais antigo do arsenal de cozinha (os primeiros exemplares datam de mais de 2,5 milhões de anos!) é também o mais importante. Em geral, é com faca e fogo que transformamos alimentos em refeições saborosas.

Mas como existem muitos tipos (e preços) de faca, qual devo escolher? Um conjunto (muito) básico deve conter uma faca de chef, uma de legumes e uma de pão. Se quiser optar por apenas uma para começar, vá com a de chef. Ela serve para praticamente todos os cortes e pode ser encontrada em lâminas de 8 a 12 polegadas.

Tenho mãos pequenas e consigo trabalhar muito bem com uma de dez polegadas, mas é importante sentir a pegada para ver qual se adapta a você. Os melhores exemplares são os de inox com a lâmina inteiriça, ou seja, que não fica embutida em plástico ou madeira. Eles custam um pouco mais, mas a durabilidade também é consideravelmente maior.

Facas de chef são grandes e devem estar sempre afiadas (facas cegas são igualmente perigosas, acredite, além de dificultarem imensamente o trabalho). Portanto, algumas regras de segurança são importantes ao manusear sua nova amiga. Empunhe a faca com firmeza e, quando for segurar qualquer alimento para cortar, procure pressioná-lo contra a superfície usando os dedos em garra e deixando as juntas encostarem na lâmina, com as pontas dos dedos "escondidas". Além disso, use sempre uma tábua própria para corte.

Para treinar os dotes com a faca, escolhi uma salada muito saborosa e refrescante, de inspiração asiática, que pede seus ingredientes bem fatiados.

Até a próxima!

Saladinha asiática de legumes

Rendimento: 4 porções

Dificuldade: fácil

Ingredientes

✓ 2 cenouras médias descascadas
✓ 2 pepinos japoneses
✓ 4 floretes grandes de brócolis japonês
✓ 4 floretes grandes de couve-flor
✓ ¼ xíc. (chá) de coentro picado
✓ 2 talos de cebolinha picada
✓ 2 col. (sopa) de gergelim preto
✓ 1½col. (sopa) de mel
✓ 2 col. (sopa) de azeite
✓ 1 col. (sopa) de vinagre de arroz
✓ 2 col. (sopa) de shoyu
✓ Óleo de gergelim torrado para finalizar

Modo de preparo

1 - Corte o brócolis e a couve-flor em fatias finas. Deixe-os dois minutos em água fervente e, depois, salteie as fatias em uma frigideira quente, em fogo alto, até que dourem bem. Reserve.

2 - Pique a cenoura e o pepino em julienne (fatias finas e longas, como palitos). Se quiser, descarte o miolo dos pepinos e use apenas a parte da casca, mais tenra e fácil de cortar. Feito isso, misture todos os legumes e acrescente o coentro picado. O coentro é controverso para muitos paladares, mas é uma erva saborosíssima e muito utilizada na culinária asiática.

3 - Em uma tigela, misture o mel, o shoyu, o azeite e o vinagre. Experimente o molho, que deve ser equilibrado em acidez, sal e doçura, e acerte o sabor, se necessário. Essas variações podem acontecer dependendo das marcas e dos tipos de ingrediente usados no produto. Adicione o molho aos legumes e misture tudo.

4 - Sirva com cebolinha e gergelim e finalize com algumas gotas de óleo de gergelim torrado. Este último ingrediente é opcional, porém, perfuma e é um ótimo produto para ter na despensa, se você gostar de comida oriental. Além disso, ele não é complicado de encontrar.

Juliana Ventura, 33 anos, é jornalista formada pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), pós-graduada em
gastronomia pela Universidade Anhembi Morumbi e professora de culinária para crianças. @venturanacozinha aventuranacozinha@grupofolha.com.br

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