Armadilhas da memória

Se somos capazes de nos perder tendo pleno juízo de nossas faculdades mentais, imagine o que fazer em uma situação de perigo na qual você não pode contar com a sua principal aliada: a sua memória. É sobre diferentes situações envolvendo esse mesmo assunto que tratam os livros "Memorandom" (R$ 49,90, 448 págs.), "Onde Está Elizabeth?", (R$ 34,90, 308 págs.) e "O Pintor de Memórias" (R$ 44,90, 378 págs.), todos lançamentos da Editora Record.

O primeiro é indicado aos fãs de literatura policial, ao estilo dos escandinavos Jo Nesbo e Stieg Larsson (1954-2004). Mas agrada até aos novatos no gênero. Escrito pelo autor sueco Anders de la Motte, conta a história de David Sarac, um policial da divisão de inteligência da polícia de Estocolmo conhecido por ter um importante informante inserido em organizações criminosas. Só que Sarac tem um derrame, durante uma perseguição, e sofre um violento acidente de carro que o faz perder toda a sua memória dos últimos dois anos –e, com ela, a identidade de seu principal aliado.

Nova voz entre seus conterrâneos, Motte brinca com referências à cultura pop para, com texto ágil e direto, colocar seu protagonista nas piores situações possíveis. Uma delas é notar que um assassino em série está agindo e que a próxima vítima pode muito bem ser ele.

As dificuldades de tentar desvendar um mistério, enfrentando perigos e sem se recordar das pistas, também são o ponto de partida de "Onde Está Elizabeth?", livro de estreia com o qual a escritora britânica Emma Healey venceu o Costa Book Awards –um dos prêmios literários mais prestigiados de seu país.

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Vivian Masutti, 30 anos, é jornalista formada pela Cásper Líbero e bacharel em letras (português e francês) pela Universidade de São Paulo, onde também cursou a Faculdade de Educação e obteve licenciatura plena em língua portuguesa. No Agora, é editora-assistente do caderno "Show!" - vivian.masutti@grupofolha.com.br

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