Brasil tem agora 25 suspeitos

Em 24 horas, subiu de 15 para 25 o número de casos suspeitos da gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, no Brasil. Eles foram registrados nos Estados de São Paulo (dez), Minas Gerais (quatro), Rio de Janeiro (três), Distrito Federal (dois), Tocantins (dois), Goiás (um), Mato Grosso do Sul (um), Paraná (um) e Santa Catarina (um). Outras 36 pessoas estão sendo monitoradas em 16 Estados. A suspeita de contaminação já foi descartada em 60 pacientes.

• Gripe suína é tão perigosa quanto a comum
• Quatro novos casos são avaliados em São Paulo

Ainda não há confirmação de doença no país. Ontem, o Ministério da Saúde anunciou o pedido de R$ 141 milhões para, principalmente, ampliar a fiscalização nos portos e fazer campanha de combate à doença. Segundo a pasta, o Ministério do Planejamento está elaborando uma medida provisória para a liberação.

A confirmação de um caso "não significa risco exagerado para o país, significa que a vigilância está alerta", afirmou Jarbas Barbosa, gerente da Área de Vigilância em Saúde e Gestão de Doenças da Opas (braço da OMS na América). Já são 14 os países na América com suspeita da doença, além de seis em que houve confirmação --Estados Unidos, Canadá, México, Costa Rica, El Salvador e Colômbia.

Os países da América Latina recorreram ao laboratório de referência nos EUA para a confirmação, diz Barbosa. O Brasil ainda não confirmou nenhum caso e deve receber kits de diagnóstico do laboratório americano hoje.

No Rio, morreu ontem uma mulher de 50 anos que voltou dos EUA no último final de semana. O resultado do exame que confirmará a doença é esperado para hoje.

Em nota, o hospital informou que ela apresentava febre, dor de cabeça e vômito, mas não tinha outros sintomas da gripe suína, como tosse, secreção e dificuldade para respirar. Ela morreu de infecção generalizada grave e de origem desconhecida. O hospital disse que a morte foi notificada "por precaução".

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio informou que o caso não era um dos três suspeitos no Estado. A assessoria de imprensa do órgão afirmou, porém, que foi feita a coleta de material para análise. Já o ministério informou que "essa hipótese [morte por gripe suína] não foi considerada porque a causa da morte foi pneumonia bacteriana".

Desde sexta-feira, o Ministério da Saúde alterou a definição de caso suspeito e em monitoramento para o vírus A (H1N1). Agora, além dos sintomas, é suspeito quem esteve em países afetados, mesmo que não nas áreas em que houve confirmação de casos da doença.