Acusado de matar coronel é preso

O soldado da Polícia Militar Pascoal dos Santos Lima foi preso ontem acusado de ter assassinado em novembro de 2006 o comerciante Eder Walter Moreira, dono de duas farmácias na zona norte de São Paulo.

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Pascoal é investigado também por outros 17 assassinatos, entre eles o do coronel da PM José Hermínio Rodrigues, que comandava o policiamento da região norte da cidade.

A prisão preventiva (até um provável julgamento) do PM Pascoal foi decretada pelo juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri de São Paulo, que atendeu a pedido do DHPP (departamento de homicídios).

Conforme a investigação, Moreira foi morto a tiros em novembro de 2006, na Vila Santa Maria. O motivo seria uma desavença do PM com o irmão dele, suspeito de tráfico. O soldado Pascoal já fora preso em 24 de janeiro de 2008 (oito dias após a morte do coronel Rodrigues), acusado de matar a mãe de um suposto traficante. Depois, foi solto.

Em julho de 2008, o DHPP o apontou como responsável pela morte do coronel. A polícia acredita que ele o matou porque foi transferido da Força Tática do 18º Batalhão para um setor administrativo. A transferência foi motivada porque Pascoal era um dos PMs que mais se envolviam em ocorrências policiais que terminavam em morte na zona norte.

Segundo o delegado Marcos Carneiro Lima, à época no DHPP, uma testemunha reconheceu trajes de Pascoal como os mesmos usados pelo assassino do coronel. Para o DHPP, o soldado Pascoal praticava as mortes junto do segurança Wellington de Carvalho Franco, que está preso. A reportagem não localizou os advogados dos dois acusados.