Justiça acata denúncia contra policiais
Folha de S.Paulo
A Justiça aceitou a denúncia contra os quatro policiais militares que mataram o motoboy Alexandre Menezes dos Santos, 25 anos, em 8 de maio, em Cidade Ademar (zona sul de São Paulo), e determinou que eles permaneçam presos. Eles agora são réus numa ação penal.
Os promotores Maurício Lopes e Marcelo Rovere acusaram os policiais militares de homicídio doloso (quando há a intenção de matar) triplamente qualificado, racismo e fraude processual.
Na ocasião da morte, segundo testemunhas, o motoboy foi espancado por meia hora depois que fugiu dos PMs em uma moto sem placas. Os policias afirmam que não tinham a intenção de matá-lo.
Na sua decisão, a juíza Tânia Magalhães da Silveira, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, ordenou que eles fiquem presos preventivamente porque acredita que, livres, poderão atrapalhar o andamento da ação penal --eles já estão presos administrativamente desde o dia 9 no Presídio Militar Romão Gomes. A juíza vai agora analisar as provas.
Para a Promotoria, Carlos Magno dos Santos Diniz, Ricardo José Manso Monteiro, Márcio Barra da Rocha e Alex Sandro Soares Machado assumiram o risco de matar Santos ao agredi-lo por meia hora. Sobre o racismo, dizem que, se o caso ocorresse num bairro rico ou com um branco --Santos era negro--, a ação seria diferente.
Resposta
Os policiais, diz seu advogado, têm consciência de que agiram com força excessiva, mas não tinham a intenção de matar.
"Eles tentaram reanimar o Alexandre, conforme a mãe dele relatou. Nunca vi tentar matar e depois reanimar a vítima", diz o advogado Eliezer Pereira Martins.
De acordo com o advogado, a ação durou no máximo cinco minutos
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