Líder de facção é julgado hoje por morte de juiz
Folha de S.Paulo
Deve começar hoje, seis anos e meio após o crime, o julgamento de dois chefes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) acusados de serem os mandantes do assassinato do juiz Antonio José Machado Dias, considerado rigoroso com os presos.
Serão julgados no TJ (Tribunal de Justiça) da Barra Funda (zona oeste de SP) Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola. Apenas Carambola, porém, deverá ir ao julgamento. A defesa de Marcola abriu mão do direito de participar.
Outras três pessoas já foram condenadas pela participação no crime, em 15 de março de 2003. Dias foi morto com três tiros, em Presidente Prudente (565 km de SP), numa emboscada. Um quarto suspeito ainda responde processo.
O prédio do TJ deverá receber reforço de segurança "compatível com o caso". Esse reforço deve ser maior, porém, com os policiais disfarçados (os P2). O advogado Roberto Parentoni, defensor de Marcola, disse que tentará adiar o julgamento por não ter tido seu direito de ampla defesa. "O Ministério Público juntou provas depois de eu ter tido o último acesso", afirmou. Defensor de Carambola, Cláudio Márcio de Oliveira disse que pretende que o julgamento aconteça. "Temos certeza da inocência", disse.
Marcola, segundo a acusação, foi envolvido na trama quando, três dias após o crime, um bilhete com referência à morte foi apreendido na Penitenciária 1 de Avaré, onde ele estava. A participação do PCC já foi discutida pela Justiça em processo civil. Nele, o Estado foi condenado a pagar indenização aos filhos do juiz, porque ficou comprovada a participação da facção. Para o advogado dos filhos de Dias, Rui Fragoso, a decisão pode contribuir para os argumentos da Promotoria.
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