Professor da USP e filho são achados mortos
Aline Mazzo
do Agora
Um professor de direito da USP (Universidade de São Paulo) e seu filho de cinco anos foram encontrados mortos ontem dentro do apartamento dele, em Mirandópolis (zona sul de SP).
Renato Ventura Ribeiro, 39 anos, e o menino Luis Renato Menina Ventura Ribeiro foram achados pela empregada na cama de casal do advogado. Cada uma das vítimas tinha um tiro na cabeça. Ribeiro não morava com a mãe do garoto, a advogada Fabiane Húngaro Menina, 37 anos. Ela e o pai do garoto travavam um disputada judicial pela guarda do filho, fruto de um namoro de seis meses.
A polícia ainda não descarta nenhuma possibilidade, mas a linha mais forte de investigação é de que o pai tenha matado o garoto e depois se suicidado. Há dez dias, Ribeiro havia perdido o pedido de revisão da guarda do filho, que mora com a mãe.
Segundo a polícia, o pai pegou o garoto na última sexta-feira, como faz a cada 15 dias. Luis não ficaria o fim de semana todo com pai, pois domingo era aniversário de sua mãe. O combinado era que o garoto fosse entregue no domingo pela manhã, para passar o dia com a advogada.
Como o pai não apareceu com o garoto, a mãe fez diversas ligações e chegou a ir ao apartamento, mas ninguém a atendeu. Ela então registrou dois boletins de ocorrência de subtração de incapaz, um no domingo e outro na segunda-feira.
O paradeiro do garoto só foi descoberto ontem à tarde. A faxineira que trabalha no apartamento do professor, localizado na rua Senador Casimiro da Rocha, passou de manhã pelo local e, como de costume, arrumou a sala e a cozinha. "Abri a porta do quarto e vi que os dois estavam deitados. Achei que eles dormiam. Fechei a porta e fui embora", contou Marcia Souza, 36 anos.
A faxineira contou à polícia que voltou no final da tarde para arrumar o quarto e sentiu um cheiro estranho vindo do quarto. Ela abriu a porta e se deparou com os dois corpos. O professor, segundo a polícia, ainda segurava a suposta arma do crime, uma pistola Glock. Ontem, a polícia não tinha a confirmação se a arma pertencia ao professor.
Segundo o delegado titular do 16º DP (Vila Clementino), Virgílio Guerreiro Neto, o assassinato deve ter ocorrido na própria sexta-feira ou no sábado, já que os dois ainda vestiam as mesmas roupas que estavam no dia em que o garoto foi entregue ao pai.
Abalada, a mãe de Luis não quis falar com a reportagem. Ela disse à polícia que a relação deles não era amistosa. O pai já teria dito que viajaria e sumiria com o filho, mas nunca mencionou agressão. Segundo a mãe e a faxineira, ele tratava bem o filho e não era agressivo.
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