Veja devedores que saíram do vermelho

Para perder o controle do dinheiro basta uma reforma desastrada da casa, uma doença na família, um carro enguiçado ou um passo maior que a perna.

Depois, o limite do cheque especial estoura, o endividado só paga o mínimo do cartão e faz consignados para manter o pagamento das dívidas.

Conheça histórias de superendividados que quebraram, mas conseguiram refinanciar os débitos.

Em comum, todos trocaram dívidas com juros altos por empréstimos com taxas menores e prazos mais longos.

No caso, eles foram ajudados pelo cooperativismo -crédito que funciona com juros baixos, mas o cooperado também tem de depositar para ter direito aos empréstimos.

Foi o que ajudou o aposentado Damazio Eufrazio, 70.

Ele diz que dos R$ 2.500 que recebia de aposentadoria, R$ 2.300 eram usados para pagar as dívidas.

Ele gastou boa parte da grana com financiamentos de carros e reformas da casa.

"Quando minha mulher teve efisema pulmonar fiz dois empréstimos consignados."

Com vários cartões, além das reformas, ele teve de entregar dois carros às financeiras quando as contas apertaram.

"Só não foi pior porque fiz um crédito com a cooperativa que termino de pagar em cinco anos."

Já Roberto Vital, 44, diz que as coisas se complicaram depois de ele ficar um período desempregado logo após o casamento.

"Comprei um carro com prestação de R$ 1.300, mas o motor fundiu. Aí tivemos o socorro da cooperativa de crédito, que ajudou a pagar as contas. Agora só faltam 12 parcelas do carro para pagar."