Clientes da Unimed Paulistana reclamam de atendimento

Desamparo. Essa é a sensação dos clientes da Unimed Paulistana, empresa obrigada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a transferir seus 744 mil pacientes para outra operadora de saúde, após crise financeira e má administração.

Muitos médicos, laboratórios e hospitais credenciados ao convênio não prestam mais atendimento e há clientes sem saber o que fazer. Um deles é o funileiro Paulo Sérgio Passos, 29 anos, que, após acidente de moto, precisou colocar uma "gaiola" na perna. O aparelho deveria ter sido removido há cerca de um mês, mas seu médico deixou de atender o plano e o procedimento não foi realizado.

O administrador de empresas Roberto Luciano Ono, 39 anos, não sabe como ficará o tratamento de câncer de seu pai, Soziro Ono, 63 anos. "Ele começou a quimioterapia em agosto, fez duas seções e não sabemos como será agora, já que o médico e o hospital não atendem mais o convênio", conta. Na rede particular, cada seção sairia por R$ 8.900.

Resposta

A Unimed Paulistana está acompanhando o caso dos três pacientes entrevistados pelo Agora. O funileiro Paulo Sérgio Passos ainda espera a retirada da "gaiola" de sua perna. A empresa informou que está providenciando o atendimento.

Quanto ao administrador de empresas Roberto Luciano Ono, cujo pai, Soziro Ono, faz tratamento contra câncer e teve as seções de quimioterapia interrompidas, a Unimed disse que "está verificando a melhor maneira de resolver o caso".

Já a professora Cristina Carpinelli, grávida de 38 semanas, terá seu parto garantido no Hospital Santa Helena, que é da rede Unimed Paulistana. Em resposta, a operadora informa que ela poderá realizar o parto no local e o médico determinará se será normal ou cesárea.

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) afirmou que a operadora deve garantir atendimento a todos.

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