Palocci diz que não quer título de superministro

Antonio Palocci Filho tomou posse na Casa Civil tentando afastar a imagem de ministro mais poderoso do governo e ressaltando que sua missão será a de "servir" à presidente Dilma Rousseff.

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Aos servidores do ministério, foco do último grande escândalo do governo Lula com o tráfico de influência da ministra Erenice Guerra, disse: "espero que todos vocês trabalhem com os melhores padrões republicanos", com os melhores padrões éticos.

Palocci deixou o governo Lula em 2006, quando era ministro da Fazenda, justamente num episódio polêmico: a quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa, que apontou a frequência dele numa casa que reunia lobistas em Brasília. Suspeito de ser o mandante da quebra, Palocci escapou de virar réu no STF (Supremo Tribunal Federal) no caso, ainda inconcluso.

Boa parte da fase inicial de seu discurso foi dedicada a elogiar Dilma e ressaltar que será sua função cuidar para que as determinações da presidente sejam cumpridas.

A frase síntese de seu discurso foi dita quando afirmou que a Casa Civil não é um "ministério autônomo, com ideias e projetos próprios, mas um órgão da Presidência, dedicado a servir suas determinações e auxiliar no preparo de suas altas decisões".

Numa posse concorrida, Palocci assumiu a pasta que um dia foi ocupada por um de seus principais adversários dentro do PT, o ex-ministro José Dirceu --que não compareceu ao evento realizado no Palácio do Planalto.

Palocci destacou que será "econômico" nas entrevistas dadas à imprensa.
Durante sua fala, fez questão de dizer que várias funções da Casa Civil serão transferidas para outras áreas. Citou que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o programa Minha Casa, Minha Vida ficarão com o Ministério do Planejamento.

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