Presidente agora defende reeleição de Dilma em 2014

BRASÍLIA - O presidente Lula disse ontem, em conversa com jornalistas em Brasília (DF), que não será copiloto de Dilma Rousseff e defendeu a candidatura da eleita à reeleição em 2014. Na semana passada, em entrevista ao programa "É Notícia", da Rede TV, ele havia dito que não afastava a hipótese de voltar ao cargo daqui a quatro anos. "Em 2014, eu trabalho com a ideia fixa de que Dilma será outra vez a candidata. É justo e é legítimo. Só existe uma hipótese de a Dilma não ser candidata, é ela não querer. (...) Não [respondendo se seria copiloto].

Estarei vendo o carro passar", declarou Lula. Ele afirmou também que seu pior momento não foi o escândalo do mensalão, em 2005, mas a suposta tentativa de responsabilizá-lo pelo acidente do avião da TAM, em São Paulo, em 2007. "A mágoa mais profunda foi com o acidente do avião da TAM. Fomos condenados à forca e à prisão perpétua em 24 horas.

Pessoalmente, a TAM foi muito pior [que o mensalão]. (...) Vi editorial jogando 200 corpos nas minhas costas e depois não saiu errata." O presidente criticou, ainda, o governo americano.

Disse que sempre houve uma relação de "império" com a América Latina. Lula destacou que decidirá o caso do terrorista italiano Cesare Battisti até sexta e seguirá "prontamente" o parecer da AGU (Advocacia-Geral da União), que tende a sugerir o refúgio político.