Papa torna beata a irmã Dulce

O papa Bento 16 oficializou na manhã de ontem o decreto que conclui o processo de beatificação de irmã Dulce (1914-1992). O ato deve ser publicado na edição do "Jornal do Vaticano" de amanhã.

De acordo com a Arquidiocese de Salvador (BA), a cerimônia de beatificação de irmã Dulce deverá acontecer no primeiro semestre do ano que vem, naquela cidade.

A beatificação da religiosa foi reconhecida pela Congregação das Causas dos Santos do Vaticano no final de outubro, quando foi validado um milagre realizado por ela.

O processo de beatificação de Irmã Dulce foi iniciado em janeiro de 2000, por Dom Geraldo Majella. Desde junho de 2001, o processo tramitava na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano.

O milagre reconhecido pelo Vaticano de irmã Dulce foi a recuperação de uma mulher sergipana que teria sido desenganada pelos médicos durante o parto.

A paciente teve uma forte hemorragia e agonizou por 18 horas. Os médicos deixaram o hospital. A família chamou então um padre, que pediu pela intercessão de irmã Dulce. Quando os médicos voltaram, a mulher estava curada.

Anjo bom da Bahia

Conhecida como "o anjo bom da Bahia", Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a irmã Dulce, era devota de santo Antônio. Ela começou a praticar caridade aos 13 anos, ajudando os mendigos que moravam nas ruas de Salvador. Cinco anos mais tarde, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição.

Em junho deste ano, o corpo de irmã Dulce foi exposto ao público pela última vez antes de ser transferido para um túmulo lacrado na capela das Relíquias, em Salvador (BA). Exumado em maio, o corpo da religiosa estava mumificado e seu hábito (traje de freira), preservado.

Santa

Para tornar-se santa --com a canonização--, será preciso que outro milagre realizado por irmã Dulce seja comprovado pelo Vaticano.

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