Falso padre é preso após errar oração

Ele rezou missa, abençoou fiéis em grupos de oração e até benzeu objetos religiosos. Não haveria nada incomum nos atos praticados por Fabrício Gomes Morais, 35 anos, em Araraquara (273 km de SP), não fosse uma razão: ele não é padre.

Com um mandado de prisão por furto na capital, ele foi preso no dia 9, após ter fingido ser padre por cinco dias.

Apresentando-se como membro da comunidade católica Canção Nova, Morais procurou uma livraria da cidade no dia 8, disse que rezaria uma missa e conseguiu sair levando R$ 1.500 em produtos.

No mesmo dia, procurou uma ONG. O local tem uma capela onde ocorrem missas. Lá, repetiu a história da Canção Nova.

Ao conduzir a celebração, Morais se enrolou, leu orações erradas e se perdeu.

A diretora do local, Magda Leite, estranhou o nervosismo do suposto padre. Em casa, ela resolveu pesquisar e achou o perfil de Morais no Facebook, no qual ele se apresenta como romântico e interessado em mulheres.

Ao perceber que estava sendo descoberto, Morais foi à delegacia, disse ser advogado e que estava sendo perseguido.

A polícia descobriu que havia um mandado de prisão contra ele, que foi detido. A reportagem não conseguiu ouvir o suspeito. A Canção Nova informou desconhecer o caso.