Estação Angélica do Metrô vai ter três saídas

A estação da linha 6-laranja do metrô retirada da avenida Angélica, em Higienópolis, bairro nobre na região central de SP, vai desapropriar parte do estacionamento da Faap, no Pacaembu, para viabilizar uma das três saídas previstas.

O terminal ficará na rua Sergipe, entre Ceará e Bahia, e não mais na esquina da Sergipe com a Angélica.

Na nova proposta, duas das saídas da estação ficarão a cerca de 500 metros do estádio do Pacaembu, na rua Armando Penteado.

Segundo Alberto Epifani, gerente de planejamento do Metrô, a parte desapropriada da Faap será pequena, mas a definição só virá após os laudos de avaliação.

A terceira saída terá o objetivo de atender os usuários da região da avenida Angélica e ficará na esquina das ruas Sergipe e Bahia. Apesar de a estação não ficar mais na principal avenida de Higienópolis, ela será chamada de Angélica-Pacaembu.

Pelo novo terminal deverão circular 29.090 passageiros/ dia --32% a mais que o movimento previsto para abandonada estação na Angélica.

A linha 6-laranja terá 15,3 km e vai ligar Brasilândia, na zona norte, à região da Liberdade, no centro, passando por bairros como Perdizes e Pompeia e faculdades como PUC, Faap e Mackenzie.

Em nota, a Faap disse desconhecer qualquer iniciativa de desapropriação de terreno pertencente à sua estrutura.

Hoje, a Faap tenta aprovar a ampliação de seu estacionamento subterrâneo no conselho do patrimônio histórico estadual. O aval é necessário porque o Pacaembu é um bairro tombado.

A mudança ocorreu após resistência de moradores da região, representados pela Associação Defenda Higienópolis, mas o Metrô sempre negou que isso tivesse interferido na decisão e alega que a questão é somente técnica.

Em resposta à Promotoria, que apura o caso, o Metrô diz que "reconhece que a avenida Angélica é um dos principais eixos de escoamento de tráfego de Higienópolis, sendo, por isso, um dos pontos importantes para a implantação de uma estação.

A nova localização da estação Angélica vai "reduzir os custos pela metade", diz o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

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