Estação Butantã será aberta na segunda-feira

A inauguração da estação Butantã do Metrô (linha 4-amarela) está marcada para a próxima segunda-feira, disse ontem o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em entrevista em Sorocaba (99 km de SP).

O governador não deu detalhes do horário de funcionamento, mas, de acordo com a assessoria de imprensa do governo, a estação vai abrir em horário reduzido, para a realização de testes. O Metrô não se manifestou sobre a declaração do governador.

Inaugurada em maio de 2010, a linha 4 funciona hoje apenas entre as estações Paulista e Faria Lima.

A abertura da estação Butantã converterá o bairro da zona oeste em próximo alvo do mercado imobiliário.

O Butantã ficou em 42º lugar entre os 96 distritos em lançamentos imobiliários em 2010, segundo o Secovi (sindicato da habitação).

A expansão depende, porém, da Operação Urbana Vila Sônia, que está em tramitação na prefeitura e consiste em vender títulos que permitam às empreiteiras construir acima do limite estabelecido pela lei de zoneamento.

Desenvolvimento

Com a operação, é possível fazer um prédio mais alto, vender mais unidades habitacionais e, em consequência, tornar o empreendimento viável economicamente.

"O metrô é indutor enorme de desenvolvimento. Cabe à prefeitura fazer a análise de quanto a estrutura comporta. O segredo é compactar a cidade de forma adequada e sustentável, para que não seja criado um adensamento excessivo", disse Cláudio Bernardes, vice-presidente do Secovi. Isso é exatamente o que temem os moradores.

"O metrô é bem-vindo, mas ele transforma o entorno de forma negativa e fomenta um adensamento exagerado", disse Sérgio Reze, morador da área e diretor do Movimento Defenda São Paulo.

As consequências, afirma Sérgio Reze, são, por exemplo, o aumento do trânsito, o encarecimento dos imóveis e o maior risco de enchentes, causado pela impermeabilização decorrente do processo. O Secovi nega.

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