PT assedia aliados para comandar Assembleia de SP

Silenciosamente, o PT tenta costurar uma aliança com diversos partidos para tirar das mãos do governo eleito de Geraldo Alckmin (PSDB) o comando da Assembleia Legislativa de São Paulo. Com 24 deputados eleitos, o partido fez a maior bancada da Casa pela primeira vez no Estado e teria, pelo regimento e pela tradição do Legislativo, o direito de ocupar a presidência.

Contudo, o PT não tem, por ora, os votos necessários. Da Assembleia eleita, iriam para o lado petista dois deputados do PC do B, um do PSOL e um do PDT. Os 28 votos não bastariam para garantir maioria --a Casa tem 94 parlamentares. Por causa disso, o PT assedia legendas como PMDB, PDT e PSB, que têm alianças com o governo petista no plano federal, mas tem estado ao lado dos tucanos em São Paulo.

Por esses apoios, os petistas negociam espaços na máquina federal e composições para as eleições de 2012. Além disso, o PT-SP mantém conversas com partidos de fora da base lulista. No plano que começa a traçar, a candidatura própria é uma possibilidade, mas a tendência mais forte é oferecer a presidência a um atual aliado dos tucanos com bom trânsito na oposição.

Publicamente, o PT afirma ter intenção de brigar pelo posto."A maior bancada elege o presidente. Estamos conversando com outras forças politicas, defendendo a nossa posição, que é legítima e legal", diz Antonio Mentor, líder do PT na Assembleia.