Nas ruas
27/09/2010

Mercadante promete dobrar o fluxo nos trens da CPTM

Adriana Ferraz
do Agora

O petista Aloizio Mercadante (PT), 56 anos, diz que irá modernizar as linhas da CPTM para dobrar a capacidade do sistema em até dois anos. O candidato também se compromete a reduzir os preços dos pedágios e a fazer 30 km de metrô.

Agora - As linhas do metrô e da CPTM têm tido muitos problemas. O senhor acha que o governo investiu na ampliação e não na manutenção?
Mercadante - O governo atual foi muito lento na ampliação. O governo do Alckmin fez 650 metros de metrô por ano. No meu governo vamos fazer 30 km. Além disso, falta investimento na modernização da CPTM, que poderia transportar o dobro de passageiros. É o que vou fazer, em dois anos.

Agora - É isso que o atual governo também promete.
Mercadante - Não. O governo atual é como frango em padaria, roda e não sai do lugar. Eles sempre falam isso a cada quatro anos. A falta de expansão e a falta de investimento têm levado a esse problema sistêmico, que é a sobrecarga.

Agora - O que é possível fazer para mudar esse quadro?
Mercadante - Primeiro, aumentar o investimento de manutenção e prevenção. Segundo, expandir a rede. Vamos acelerar a construção da linha 2-verde e dobrar a capacidade da CPTM em dois anos.

Agora - O senhor concorda quando o governo diz que o metrô e a CPTM têm a mesma qualidade?
Mercadante - Não. As estações Francisco Morato e Franco da Rocha da CPTM, por exemplo, têm carros que devem estar rodando há, pelo menos, 30 anos. As estações têm uma precariedade absoluta. Algumas poucas linhas foram efetivamente modernizadas.

Agora - Que linhas estão inclusas no seu programa de expansão?
Mercadante - Linha 2-verde, linha 4-amarela, linha 5-lilás e linha 6-laranja. Além disso, temos que acionar o monotrilho [a linha 17-ouro], porque ele ajuda a carregar a CPTM e o metrô e retomar os corredores de ônibus, cujo investimento é baixo e o retorno é rápido.

Agora - O senhor fará essa obra mesmo que o estádio do Morumbi não receba a Copa do Mundo?
Mercadante - É fundamental que a gente defina logo onde vai ser a Copa porque já estamos correndo o risco de perder a abertura. O projeto de Itaquera, por exemplo, exige toda uma estrutura logística, de hotelaria e de telecomunicações. Eles [governo] continuam no ritmo com que fizeram as obras do metrô, devagar.

Agora - O senhor acha que essa deve ser uma das primeiras medidas a serem tomadas pelo próximo governo?
Mercadante - Sim, porque tem que estar tudo pronto em 2013, para a Copa das Confederações. Um estádio demora, em média, 30 meses para ser construído, fora todas as outras obras no entorno. São Paulo não pode ficar fora da Copa.

Agora - O senhor fala em pouco investimento do Estado, mas o governo federal, do qual o senhor participa, não investiu o suficiente nos aeroportos de São Paulo. Por quê?
Mercadante - Teve muito investimento. O problema é que nós estamos com uma demanda explosiva. O crescimento é de mais de 30% ao ano. Tem que dobrar a capacidade operacional a cada três anos. E a Infraero [empresa federal que administra os principais aeroportos] não tem investido na velocidade necessária. A saída, a curto prazo, é aumentar o período dos voos à noite e de madrugada.

Agora - Em Cumbica e Viracopos?
Mercadante - Sim, e em Jundiaí e São José dos Campos. Temos de interiorizar a distribuição de voos. Não tem sentido o Brasil inteiro ir para Congonhas (na capital) ou Guarulhos (Grande SP) para poder viajar. O governo federal tem que aumentar o investimento nos aeroportos de São Paulo que estão sobrecarregados. O governo do Estado tem responsabilidade de viabilizar os aeroportos do interior.

Agora - O senhor é a favor do trem-bala? Com quantas paradas?
Mercadante - Isso depende do consórcio que for o vencedor. A princípio, as paradas deverão ser São Paulo, São José dos Campos, Aparecida do Norte e Rio de Janeiro.

Agora - O senhor diz que vai acabar com o abuso dos pedágios, já que as concessionárias têm uma margem de lucro muito grande. Como é possível fazer isso?
Mercadante - Alongando o prazo de concessão dos contratos. Em contrapartida, haveria a redução das tarifas.

Agora - Em quanto tempo?
Mercadante - Quero concluir a negociação em seis meses e, a médio prazo, começaremos a pensar em implantar uma nova política de pedágio, que é pagar o quilômetro rodado usando chips. como na Europa, no Japão e no Chile.

Agora - E o Rodoanel, o senhor pretende terminar?
Mercadante - Sim, essa é uma obra estruturante indispensável. Também pretendo fazer o ferroanel, que vai despejar todo o transporte de cargas para o porto de Santos e aliviar a rede da CPTM [usada para carga] para duplicar a velocidade da frota. Sem o ferroanel, não dá para modernizar a CPTM.

Agora - Vai ter pedágio no trecho leste do Rodoanel?
Mercadante - A concessão que foi feita já prevê o pedágio.

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