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Laje cai em obra de shopping e deixa 4 feridos
George Aravanis e Lilian Silva
do Agora
Quatro operários ficaram feridos após o desabamento da laje na obra de uma rampa de acesso no shopping SP Market, na tarde de ontem. O acidente causou pânico entre clientes e funcionários do shopping, que fica na marginal Pinheiros, na zona sul de SP. As causas da queda serão investigadas pela Polícia Civil, que registrou o caso como acidente de trabalho e fez perícia no local.
Por volta das 13h20, a laje da obra, de 200 metros2, cedeu e a estrutura desabou lentamente, segundo a Defesa Civil (a queda lenta pode ter evitado lesões mais graves nos trabalhadores). Os quatro operários caíram de uma altura de cerca de nove metros, estima a corporação. No momento da queda, 32 pessoas trabalhavam na obra.
Os feridos foram atendidos em hospitais da região. Um homem de 53 anos, que teve traumatismo craniano leve, estava em observação no hospital Regional Sul. Outro homem, de 42 anos, teve apenas uma luxação no cotovelo. Os outros dois feridos foram encaminhados ao Hospital São Paulo, que não informou o estado de saúde das vítimas. A identidade deles não foi informada. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que os transportou aos hospitais, informou, no início da noite, que o registro de atendimento já havia sido apagado e não poderia passar mais detalhes.
O atendimento às vítimas mobilizou o Corpo de Bombeiros. Os destroços não atingiram o shopping.
As obras ficarão interditadas pelo menos até segunda-feira, quando o laudo da polícia deve ficar pronto, segundo o secretário de Controle Urbano, Orlando Almeida. Depois disso, se o documento apontar que não há mais riscos, a empresa responsável pela obra, a MPD Engenharia, deve pedir à administração que libere a construção.
Pânico
Durante o desabamento, dentro do shopping, clientes e funcionários corriam e gritavam, desesperados. "Pensei que um avião tinha caído aqui", afirmou Aline Carvalho, 25, funcionária de uma loja de revelação fotográfica que fica a menos de 20 metros da obra onde ocorreu o acidente.
A promotora de vendas Isabela Cristina Cavalcanti da Cunha, 32, achou que o próprio shopping estava desabando quando ouviu o estrondo. "Todo mundo correu para fora [parte a céu aberto onde a rampa estava sendo erguida] e aí é que vimos que a obra tinha desabado", afirmou.
Apesar de todos falarem que ainda é impossível saber a causa do desabamento, o coordenador executivo da Defesa Civil, o major Francisco Rodrigues Martins, e o próprio secretário Orlando Almeida, disseram que pode ter havido pressa para concluir a obra antes das festas de fim de ano. "Pode ser, mas seria leviano afirmar que foi isso que causou o desabamento", disse Almeida.
O coordenador executivo da Defesa Civil disse que algumas colunas não estavam completamente preparadas para sustentar a laje (leia texto abaixo). Em nota, a MPD Engenharia informou apenas que "uma peça do andaime da forma da laje externa, em obras, se desprendeu.
O secretário de Controle Urbano disse que só na segunda-feira poderá afirmar se o pedido de autorização para construir a obra foi autorizado pela prefeitura.
Escondido
Após o acidente, funcionários do shoppping esconderam os escombros da vista dos clientes. Usaram uma lona branca para cobrir o estrago. À tarde, centenas de pessoas passeavam pelo shopping. O movimento, segundo funcionários de lojas, estava como em outros dias.
A assessoria de imprensa do shopping não informou o fluxo diário de carros e clientes dentro do SP Market.
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