Nas ruas
20/09/2009

Hospitais particulares têm fila de até 2 h em SP

William Cardoso
do Agora

A demora nos pronto-atendimentos, que para muitos é exclusividade da rede pública, provoca esperas de até 2 horas entre pacientes também dos hospitais particulares na capital. O problema foi confirmado pelo Agora, que percorreu dez hospitais nas últimas duas semanas e ouviu reclamações de usuários.

Recepções lotadas, muitas vezes sem cadeiras para acomodar todos os pacientes e muita irritação serviram de cenário para quem se apresentava com a carteira do convênio médico na mão ou até mesmo o dinheiro para a consulta particular.

A crise financeira que afeta parte do setor de saúde, os reflexos da gripe suína, a precariedade ambulatorial e até comportamento equivocado da população são apresentados como motivos da demora pelos hospitais.

Na última quarta-feira, a enfermeira Elisângela Barbosa da Rocha, 32 anos, pôde sentir o problema de perto. Ela levou a mãe, que estava gripada, ao Hospital da Casa Verde. Encontrou o pronto-socorro com as portas fechadas. Um papel sulfite informava que não havia médicos para prestar auxílio no local.

A enfermeira questionou funcionários, mas não conseguiu que a mãe fosse atendida. Seguiu então para o Hospital San Paolo, também na zona norte da capital. Passou por triagem 30 minutos depois de chegar e permaneceu lá por cerca de duas horas. Cansadas de esperar, mãe e filha foram embora. "É revoltante, porque meus pais pagam cerca deR$ 700 em um plano de saúde conjunto. Quando precisam, não têm atendimento."

Ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e especialista em gestão pública em saúde, Gonzalo Vecina Neto vê os resquícios da gripe A e a crise econômica mundial (que trouxe medo do desemprego e busca por auxílio com o convênio) como fatores que contribuem para a demora nos pronto-atendimentos.

A avaliação de Vecina Neto não poupa, porém, quem não presta serviço adequado. "Existe uma despreocupação com o cliente em alguns hospitais privados, um desrespeito. São pacientes que pagam e tem expectativa de prestação de serviço com uma qualidade diferente", explica.

Professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Marcos Kisil também menciona os convênios médicos que operam com preços muitos baixos, especialmente em áreas periféricas. "Fazem acordos com unidades de baixa qualidade e não têm capacidade instalada para atender os clientes", diz o especialista.

O professor da USP diz acreditar que muitos planos de saúde fazem qualquer negócio para vender barato os seus serviços.

"Os clientes vão enfrentar a espera. Eles passam apenas uma ilusão de bom atendimento."

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