Políticos usam o Twitter para se promover

Os políticos já aderiram à novidade como forma de divulgar planos de governo e opiniões pessoais. O Twitter --ferramenta que funciona como uma espécie de microblog-- é a nova febre da internet para conquistar eleitores.

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O governador José Serra (PSDB) é usuário assíduo. Na última semana, durante viagem aos EUA, o tucano --que é palmeirense-- comentou a eliminação do time na Libertadores da América.

A mesma estratégia de aproximação é usada pelo secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, pela subprefeita Soninha Francine (PPS), por exemplo. Na classe política paulista, a ausência mais "sentida" é a do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Para compensá-la, sua assessoria criou o perfil da prefeitura, com dados da gestão.

No Brasil, por enquanto, não há regras que impeçam ou limitem a prática de postar mensagens de cunho político. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Twitter ainda não foi discutido no âmbito eleitoral. Durante a campanha passada, os políticos foram liberados a fazer propaganda pela internet, mas apenas em sites próprios e cadastrados.

O Twitter foi criado em 2006, mas tornou-se popular neste ano no Brasil, que já é o quinto colocado na lista dos países com mais usuários. Ele permite mensagens curtas, de até 140 caracteres.

Serra já escreveu que postar --termo para enviar mensagens-- o deixa de bom humor. Para Soninha, o Twitter serve como "desabafo". Na última quarta, ela afirmou que "odiava" a Eletropaulo, a Sabesp e outras empresas. "Pode ser que alguns desses comentários peguem mal politicamente, mas meu estômago agradece", diz.

Segundo o cientista político Rui Tavares Maluf a mídia é hoje uma forma de atuação política. "Na medida em que as pessoas começam a ter acesso, isso passa a ser um recurso eleitoral. Foi assim com os sites e blogs", diz. Mas como acontece com outros sites de relacionamentos, também há diversos perfis falsos no Twitter. A ministra Dilma Rousseff, o presidente Lula e o ex-prefeito Paulo Maluf são exemplo.

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