SP pede US$ 22 milhões que seriam de Maluf de volta

Advogados da Prefeitura de São Paulo em Jersey, um paraíso fiscal no canal da Mancha, entraram com um pedido de repatriação de pelo menos US$ 22 milhões atribuídos ao ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf (PP) na ilha.

A decisão final sobre o retorno do montante aos cofres públicos de São Paulo será dada pelo Judiciário do Reino Unido. Até a decisão ser tomada, os cerca de US$ 22 milhões, que oficialmente pertencem a duas empresas offshore (Durant e Kildare), atribuídas ao ex-prefeito Paulo Maluf, continuarão bloqueados pela Justiça.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o ex-prefeito Paulo Maluf informou ontem que "não tem nem nunca teve conta bancária fora do país". As primeiras informações que vinculavam Maluf a remessas ilegais de dólares para o paraíso fiscal de Jersey surgiram em 2001, depois que uma unidade de inteligência financeira de Jersey informou o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, sobre vultosas movimentações financeiras em nome de alguns integrantes da família do ex-prefeito Paulo Maluf.

A ação, proposta a pedido do secretário dos Negócios Jurídicos, Cláudio Lembo, baseou-se na investigação conduzida pelo promotor Sílvio Marques, que busca repatriar outros valores creditados a Paulo Maluf no exterior.