Capa | Olá! | Zapping | Nas ruas | Grana | Trabalho | Dicas | Defesa do Cidadão | Editorial | Vencer | Show! | Brasil | Mundo | Máquina | Domingo é Show! |
Prefeitura paga R$ 71 por medicamento de R$ 6
Folha de S.Paulo
A Prefeitura de São Paulo pagou até 994% a mais por remédios e produtos hospitalares entre 2003 e o ano passado. O esquema, que teria a participação de servidores, beneficiou ao menos três empresas, que atuariam numa espécie de cartel para fraudar licitações.
As fraudes foram descobertas pela própria Secretaria Municipal da Saúde, que montou uma comissão de investigação após ser alertada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual.
A comissão finalizou na semana passada um relatório parcial, obtido pela reportagem, que apontou irregularidades em oito dos 50 processos analisados. Essas oito compras representam gastos de R$ 6 milhões.
Outros 137 processos ainda estão em fase de apuração. O relatório parcial não apresenta nome de nenhum servidor porque está sob sigilo.
No caso mais absurdo, em 2007, a prefeitura pagou<qj> R$ 71,10 para cada caixa de Fluconazol, medicamento usado contra infecções, que era encontrado na distribuidora a R$ 6,50. Somente em fevereiro, a prefeitura comprou 1.050 cartelas do Fluconazol iguais à apresentação do contrato. Em uma única compra, o desvio de dinheiro chegaria a R$ 67 mil.
As licitações sob investigação têm a participação de seis empresas -Embramed, Biodinâmica, Vida's Med, Halex Istar, Home Care Medical e Velox. Todas estão impedidas de firmar contratos com a prefeitura até o fim da apuração.
No caso da compra do medicamento Levofloxacino, fornecido pela Halex, os auditores dizem haver mais evidências de superfaturamento.
Com base em pesquisa em outros órgãos, concluiu-se que a secretaria pagava bem mais, R$ 64,90 por embalagem, do que outras unidades -o Hospital Samaritano pagava R$ 25 e o Santa Catarina, por exemplo, R$ 49.
Em outro processo de compra que evidenciaria superfaturamento, a empresa contratada havia feito oferta de R$ 3.767, mas acabou recebendo exatos R$ 15,7 mil, para surpresa da comissão. "Não [se] justifica a diferença", diz o documento da comissão da secretaria.
Um dos processos, para a compra de alguns tipos de soro, também apontou que os preços eram até 46% maiores do que os praticados no mercado, inclusive em vendas para outros órgãos de governo.
Esse mesmo processo de compra revelou um problema ainda mais grave -os produtos entregues eram de "qualidade duvidosa" e o pedido de substituição ainda se encontrava "em andamento", o que corrobora a tese do Ministério Público, de que as empresas sob suspeita trabalhavam com materiais de baixa qualidade.
Outro caso emblemático, conforme o relatório da comissão, ocorreu na licitação para mobiliar o Hospital Cidade Tiradentes (zona leste de SP). No valor de R$ 3,889 milhões, foi obtido em agosto de 2006 pela Home Care Medical.
O relatório afirma que o edital já era irregular, porque não exigia certidão negativa de débitos públicos das empresas. Além disso, quatro empresas que disputaram a licitação "apresentaram preços praticamente iguais" nos 34 itens. Em 13 itens, os preços eram "idênticos", indício de combinação prévia entre as empresas. Um inspeção realizada pela comissão no hospital descobriu que jamais haviam sido entregues 128 armários do tipo roupeiro que já haviam sido pagos.
Em outro caso, o mesmo funcionário que requisitou a contratação do serviço conduziu a licitação, dando margem para mais suspeitas. Esse contrato, de R$ 712 mil, para a manutenção de equipamentos cirúrgicos, foi vencido pela Biodinâmica em 20008.
Índice
22/03/2019
Casos de dengue triplicam na capital
Manchete da edição nº1 falava sobre investigação aberta contra Maluf, agora preso
Empresário é morto em tentativa de roubo no ABC
Serviço funerário é o pior da prefeitura, diz Bruno Covas
Represas em SP terão plano de ação para emergências
Em 20 anos, as lentes dos fotógrafos do Agora registraram a história
Agora completa 20 anos a serviço do leitor
Agora é campeão de vendas nas bancas do estado de São Paulo
Celebridades e figuras públicas parabenizam os 20 anos do Agora
Enxurrada mata mãe e filha em Bauru
21/03/2019
Café da manhã saudável deve ser a principal refeição
Remoção de grafite em prédio gera polêmica em São Paulo
Síndico deve se precaver caso o condomínio alagar
Gestão Doria demite 3 por carne de frigorífico interditado na merenda
Falta de informação prejudica visita ao Memorial da América Latina
Crianças de escolas públicas são barradas em shopping de elite em SP
Dengue se espalha no interior de SP; Bauru é a cidade com mais mortes
Total de mortes nas chuvas de verão aumenta em São Paulo
Falso médico é preso em Guarulhos por aplicar silicone industrial
Casal afunda em buraco no piso da própria casa em SP
Dupla usava site de vendas para aplicar golpes na capital paulista
Governo de SP usa carne de frigorífico interditado na merenda escolar
20/03/2019
Com ajuda de cão, PM apreende mais de 300 kg de drogas em Paraisópolis
Barrar agressores de tirar OAB é positivo, dizem especialistas
Covas quer conceder por R$ 1,1 milhão por 35 anos parque criado em 2016
Santo André tem dois casos de feminicídio em sete horas
Terceiro suspeito é detido e vai para a Fundação Casa
Covas quer dar anistia para os imóveis irregulares em SP
Alerta do Waze para áreas de crimes irrita moradores
19/03/2019
Bando rouba mercadoria apreendida pela prefeitura
Vítimas das enchentes ainda estão contando os estragos
PSDB fica na fila e consegue barrar criação da CPI da Dersa
Raul Brasil volta a receber alunos hoje após massacre
17/03/2019
Falta de informação prejudica visita ao complexo cultural
Memorial completa 30 anos com desafio de atrair público
Síndico deve se precaver contra alagamentos
Escola alvo de massacre é reaberta para professores
Meningite bacteriana é o tipo mais perigoso e pode até matar
16/03/2019
Polícia atendeu 69 ligações sobre massacre em Suzano
Após 4 meses, viaduto da marginal Pinheiros é liberado
ONG faz apelo para artista britânico grafitar a unidade
Polícia de SP apura sumiço de 600 kg de droga trocados por cal e madeira em delegacia
Congonhas ganha fila no desembarque
Justiça condena madrasta e pai pela morte de Bernardo
Bairros alagados demoraram 100 dias para limpar córrego
Terceiro suspeito de ataque é liberado após ser ouvido
15/03/2019
Escoteiros prestam homenagem a Samuel em cemitério de Suzano
eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).