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PT comemora a separação do casal Marta e Favre
Adriana Ferraz
do Agora
A cúpula do PT em São Paulo viu com alívio a separação de Marta Suplicy, 63 anos, e Luis Favre, 58, confirmada ontem pela assessoria da ex-prefeita. A informação foi divulgada anteontem pela colunista Mônica Bergamo, do jornal "Folha de S.Paulo".
O casal passou oito anos juntos. Favre, militante de esquerda argentino naturalizado francês e ex-assessor do partido para relações internacionais, era apontado informalmente por lideranças petistas como um dos principais fatores da rejeição da ex-prefeitas nas duas últimas campanhas eleitorais, das quais saiu derrotada.
Para petistas ouvidos pela reportagem, a saída de cena de Favre pode ajudar nas próximas eleições --Marta é cotada para disputar o governo do Estado em 2010. Dentro do partido, a influência de Favre na vida política da ex-prefeita era vista como exagerada e equivocada --em outras palavras, segundo uma liderança, ele "espantava votos".
Em 2004, ano em que Marta disputou a reeleição com o atual governador José Serra (PSDB), Favre foi um dos coordenadores da campanha e frequentemente era visto com a ex-mulher em eventos. Para os opositores, sua presença não agradou parte do eleitorado, que ainda ligava a ex-prefeita ao primeiro marido, o senador Eduardo Suplicy (PT).
A separação do "casal 20" da política nacional, em abril de 2001, deixou marcas na carreira de Marta --eles foram casados por 36 anos e tiveram três filhos. O rompimento alçou Marta como "vilã", posição agravada após o anúncio, já como prefeita, do relacionamento com Favre. Suplicy chegou a dizer que sempre seria apaixonado por Marta e aceitaria a reconciliação.
O namoro com Favre virou casamento em setembro de 2003. O presidente Lula e a primeira-dama, Marisa, foram padrinhos em cerimônia que reuniu cerca de 400 convidados em Itupeva (73 km de SP).
Se por oito anos a relação seguiu bem, a carreira política declinou. Já vencida por Serra, em 2004, ela viu o sonho de comandar a capital ser destruído pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), em 2008. Desta vez, Favre pouco apareceu, mas atuou nos bastidores. A disputa também gerou polêmica com a propaganda que questionava se Kassab "era casado" ou "tinha filhos".
Ao escolher Marta ministra do Turismo, cargo que exerceu por um ano, Lula quis devolver prestígio nacional à petista. Mas uma frase infeliz no auge da crise aérea --quando declarou que a solução diante de atrasos e cancelamentos de voos era ôrelaxar e gozarö-- marcou negativamente seu comando frente ao ministério.
O mais recente movimento político de Marta foi oferecer um jantar em sua casa à presidenciável e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na sexta-feira, 13. O evento marcou a posição de Marta como possível coordenadora da campanha de Dilma em 2010.
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