Estudantes voltam às aulas com colégio cheio de entulho

Os alunos da Escola Estadual Ana Siqueira da Silva, no Jaraguá (zona norte), voltaram de férias no início do mês e encontraram montes de entulho espalhados para todos os cantos do colégio, corredores sem piso e muita poeira.

A reforma do prédio, que deveria estar pronta no primeiro semestre, não foi concluída. A obra, avaliada em R$ 599 mil, começou em novembro de 2011.

A intervenção prevê a reforma de escadas, corredores e a construção de rampas para cadeirantes.

A empresa Decivil, responsável pela construção, já havia sido notificada em abril deste ano pela FDE (Fundação para o Desenvolvimento Escolar).

Em julho, o contrato com a empresa foi rescindido. Com isso, os operários foram embora e o entulho ficou.

Os alunos e professores têm convivido com pedaços de madeira, vigas enferrujadas, fios de eletricidade pendurados e quadros de energia abertos.

"Agora está melhor. No final de semana passado, fizemos um mutirão para tirar o entulho dos corredores", disse um funcionário.

Uma escada nova foi interditada após professores e alunos tropeçarem em um degrau desnivelado.

Resposta

A FDE (Fundação para o Desenvolvimento Escolar), da Secretaria de Estado da Educação, afirmou que está tomando todas as providências para que as obras sejam concluídas "no menor prazo possível".

Segundo o órgão, as outras empresas que participaram da licitação estão sendo consultadas para terminar a obra.

A empresa responsável pode perder o direito de participar de outras licitações do Estado. Ontem, o entulho foi retirado do local.

O engenheiro Denis Elias, sócio da Decivil Construções, afirmou que a obra atrasou devido ao "boom imobiliário".

Segundo ele, a empresa não conseguiu contratar mão de obra de qualidade no final do ano passado, já que muitos trabalhadores estavam em outras empreiteiras.

"Estávamos com poucos funcionários qualificados", disse. Ainda de acordo com ele, a empresa está disponível para terminar a obra na escola.

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