Lotação aumenta casos de agressões no metrô e trens

Os casos de agressões nas estações e vagões do metrô e dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) cresceram 31% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2011. Para Valdir Rosa, titular da Delpom (Delegacia do Metropolitano), a alta nos registros de lesão corporal dolosa (com intenção) ocorreu em razão do aumento no número de passageiros.

"Quanto mais passageiros, mais aumentam os casos de lesões", afirma o delegado da Delpom.

No primeiro semestre de 2012, o metrô registrou um acréscimo de 20% no número de passageiros em relação ao mesmo período de 2011. Nos trens da CPTM, a alta foi de 14,5%.

Em números absolutos, as lesões culposas passaram de 135 no primeiro semestre de 2011 para 178 nos primeiros seis meses deste ano.

De acordo com a polícia, a maior parte das ocorrências são de brigas, o que acaba resultado nas lesões.

"As pessoas que vão embarcar e desembarcar, no empurra-empurra, às vezes xingam, têm um desentendimento. As lesões geralmente são levíssimas", afirmou Valdir Rosa.

Resposta

A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos não comentou os dados de agressões no metrô e nos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Em nota, disse que a Delpom (Delegacia do Metropolitano) era o órgão "adequado para se manifestar sobre assuntos relacionados à segurança pública".

A pasta afirmou ainda que metrô e trens possuem cerca de 7.500 câmeras de vigilância nas estações e nas composições.

De acordo com a secretaria, o sistema metroviário atende, atualmente, cerca de 7,2 milhões de passageiros por dia.

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