Dobra número de motoristas que recusam o bafômetro

No primeiro trimestre deste ano, dois motoristas se recusaram a soprar o bafômetro por dia, em média.

Depois da decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que alterou a lei seca, em 28 de março, esse número subiu para quatro recusas.

Os dados são do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) e levam em conta uma comparação do primeiro trimestre deste ano e o período entre 27 de março e 26 de abril.

Levando em consideração o crescimento do número de motoristas abordados e o número de blitze realizadas, o percentual de recusa subiu de 0,21% para 0,44%, ou seja, dobrou.

Resposta

O capitão Sérgio Marques, porta-voz da Polícia Militar, disse que o aumento do número de motoristas que se recusaram a soprar o bafômetro "era esperado, mas está dentro dos parâmetros de trabalho do CPTran".

Segundo o porta-voz da PM, os números confirmam a intensificação das blitze da lei seca feitas pela PM, conforme foi anunciado quando ocorreu a decisão do STJ.

De acordo com o capitão, o levantamento mostra que o percentual de motoristas alcoolizados em relação às abordagens diminuiu na comparação entre os dois períodos. "Está longe do ideal, mas caiu de 6% para 5%. Em 2007, quando a PM fazia essas blitze, esse percentual era de 17%".

Segundo ele, essa queda se deu porque os motoristas "perceberam que a fiscalização feita pela PM é constante".

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