Comandante de batalhão do Rio é solto por falta de prova

Rio - O desembargador Paulo Rangel, do Tribunal de Justiça do Rio, concedeu, na madrugada de ontem, habeas corpus ao tenente-coronel Djalma Beltrami, comandante do 7º BPM de São Gonçalo, no Rio.

Ele foi preso pela Polícia Civil, na segunda-feira, sob suspeita de corrupção e tráfico de drogas.

Em seu despacho, o desembargador Paulo Rangel disse ter "medo deste tipo de investigação" e que "estão brincando de investigar".

O desembargador critica o delegado de Homicídios de Niterói, Alan Luxardo, e o juiz de São Pedro da Aldeia pelo pedido de prisão e pelo decreto apenas com base em uma interceptação telefônica. Ambos não comentaram.

No grampo, um policial fala com o traficante Maicon Santos sobre dar propina ao "01".

Segundo o desembargador, ao decretar a prisão temporária do comandante do batalhão, o juiz se deixou "levar pela maldade da autoridade policial que entendeu que 01 só podia ser o comandante do 7º Batalhão".

À TV Globo Djalma Beltrami disse que "nunca recebeu propina". "Tudo indica que se trata de uma guerra entre as polícias civil e militar", disse o advogado do tenente-coronel, Marcos Barros Espínola. Beltrami assumiu o 7º BPM após a saída de Cláudio Oliveira, acusado de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli.