Para abrir creches, prefeitura paga aluguel superfaturado

A pressão pela abertura de vagas nas creches municipais da capital faz com que a Prefeitura de São Paulo pague aluguéis superfaturados.

A assinatura de convênios com organizações particulares sem fins lucrativos foi o meio que a atual e as últimas gestões encontraram para diminuir a falta de vagas nas creches –há 312 mil crianças matriculadas e outras 58 mil na fila.

Nessa modalidade, a prefeitura repassa à entidade escolhida um valor fixo por criança e uma quantia extra referente ao aluguel.

Das 27.501 mil vagas criadas pelo ex-prefeito João Doria (PSDB), a maioria absoluta foi com base nesse modelo –que segue como prioridade do novo prefeito, Bruno Covas (PSDB).

Resposta

O secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, diz que a prefeitura detectou o problema e que vem reduzindo os aluguéis. Desde 2017, diz ele, novas regras foram criadas, que incluem a exigência de que o teto dos aluguéis seja 0,8% do valor venal de referência dos imóveis.

Antes, as organizações tinham que entregar três orçamentos de imobiliárias locais.

"Em abril de 2018, a gente tem 27 mil crianças matriculadas em creches a mais. E uma redução no valor gasto [com aluguel], R$ 1 milhão a menos [por ano]", diz Schneider.

O gasto com aluguéis das creches ultrapassa R$ 110 milhões por ano.

O secretário admite que ainda pode haver distorções e afirma que os exemplos citados na reportagem passam por avaliação. Benjamin Ribeiro da Silva afirmou que não ocupa cargos de direção na Sobei.

"Eu tenho vários imóveis, não só alugados para a Sobei, inclusive para escolas particulares."

• Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora, nesta sexta, 20 de abril, nas bancas

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