Tribunal encontra 47 obras paradas em cidades paulistas

Uma fiscalização do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) constatou 47 obras municipais paradas no Estado. Como a capital conta com tribunal de contas próprio, a fiscalização não foi feita na cidade.

Entre as construções paradas estão escolas e unidades de saúde.

Ao todo, a operação analisou 234 obras em 212 cidades, parte na Grande São Paulo. Para não haver vazamentos, o trabalho foi feito simultaneamente, no dia 28 de setembro.

O valor médio das obras é de R$ 2,4 milhões.

Além dos trabalhos paralisados, a fiscalização encontrou obras com atraso e que foram entregues com falhas visíveis de construção.

Segundo o TCE-SP, das 47 obras paralisadas, 24 apresentavam sinais de abandono.

Em apenas dez dessas obras foi apresentada alguma justificativa para a paralisação. Em Carapicuíba (Grande São Paulo), foram encontradas duas escolas infantis com a construção parada (Emei João Fasoli e a da rua Rodolfo Severino Candido).

A fiscalização também localizou uma USF (Unidade de Saúde da Família) em Cajamar cujas obras estavam interrompidas, com sinais de abandono no entorno.

Resposta

A Prefeitura de Carapicuíba, da gestão Marcos Neves (PV), afirmou em nota que fará uma nova licitação para retomar as obras da escola de educação infantil da rua Rodolfo Severino Cândido, porque a empresa responsável não renovou o contrato.

Sobre a Emei João Fasoli, disse que já notificou a empreiteira pelo abandono da obra e busca uma solução judicial.

Também em nota, a Prefeitura de Guarulhos, da gestão Gustavo Henric Costa (PSB), afirmou que a obra do CEU da Vila Itapegica, que estava parada desde 2015, foi retomada em junho.

A previsão é que fique pronta em novembro.

De acordo com a prefeitura, os três CEUs iniciados na gestão anterior (Parque Continental, São Domingos e Bonsucesso) estão com contratos em análise.

"Não existem obras de CEUs paralisadas, pois estão sendo licitadas."

Afirmou que outras três obras de infraestrutura aguardam regularização, entre elas ruas e avenidas e um piscinão.

As prefeituras de São Caetano, da gestão José Auricchio Júnio (PSDB), e Cajamar, da gestão Paula Ribas (PSB), não se manifestaram.

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