PF investiga vereador por irregularidade em campanha

Vereador eleito com 29,6 mil votos, Camilo Cristófaro (PSB) será investigado pela Polícia Federal a pedido da juíza Tania Mara Ahualli, responsável por analisar a prestação de contas das eleições na capital.

Segundo a magistrada, ele recebeu doação de R$ 6.000 de uma pessoa que não teria condições de entregar esse dinheiro para ele.

A decisão da Justiça foi baseada em um pedido feito pelo Ministério Público Eleitoral, que também constatou que a mesma pessoa fez a doação de R$ 293 mil para o prefeito eleito de São Caetano do Sul (ABC), José Auricchio Júnior (PSDB).

"Trata-se de uma senhora de 84 anos que não declarou bens e rendimentos à Receita Federal nos últimos anos. Para não declarar, ela não pode ter recebido mais do que R$ 25 mil por ano", afirma o promotor responsável José Carlos Mascari Bonilha.

Resposta

O advogado Alexandre Rollo, que representa o vereador eleito Camilo Cristófaro (PSB), afirmou que não há irregularidade na doação.

Segundo Rollo, o valor foi depositado em cheque e transitou pela conta, sem falhas.

"O que ele não fez, porque não tinha como fazer durante a campanha, foi checar se o doador tinha condição de doar. A juíza foi rigorosa demais", diz Rollo.

Assessores do prefeito eleito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior (PSDB), disseram que não foram notificados oficialmente.

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