Prefeitura reduz previsão de verba contra enchentes

A Prefeitura de São Paulo reduziu a previsão de investimentos no Orçamento de 2017 para drenagem urbana e proteção das bacias hidrográficas em comparação à proposta de 2016.

No Orçamento previsto para este ano, a gestão Fernando Haddad (PT) indicava R$ 1,3 bilhão para obras como construção de piscinões, canalização de córregos e melhorias no sistema de galerias de águas pluviais.

Para o ano que vem, a previsão é investir R$ 851 milhões (redução de 34,5%).

A redução dessa previsão de investimentos, reflexo da crise econômica no país, deverá afetar famílias em áreas de risco e a prevenção de acidentes e mortes com as chuvas.

No verão passado, cinco pessoas morreram em consequência da chuva na capital, segundo a Defesa Civil.

Na última quinta-feira, o pintor de automóveis Lailson Silva de Almeida, 23 anos, morreu eletrocutado durante um temporal ao tentar fechar o portão da funilaria em que trabalhava na rua Albion, na Lapa (zona oeste).

A gestão Fernando Haddad (PT) diz que executa o "maior plano de obras de combate a enchentes dos últimos anos", cujo objetivo é aumentar em mais de 50% a atual capacidade de reservação de água na cidade.

A prefeitura afirma ter viabilizado 13 grandes projetos de drenagens. Cinco deles estão em obras, dos quais "três em fase adiantada". Oito ainda não foram iniciados (estão contratados).

Segundo a gestão, mesmo que não estejam finalizadas, as obras já ajudam a evitar cheias. É o caso da canalização do córrego na região de Ponte Baixa, no M'Boi Mirim, que está concluída, mas falta ainda entregar alterações viárias.

Segundo a prefeitura, foram feitas 82 obras do Programa de Redução de Alagamentos (intervenções de microdrenagem). Mais 12 foram contratadas, diz a prefeitura.

Essas obras são para reduzir alagamentos em pontos mais específicos.

"As ações de combate a enchentes nesta gestão foram planejadas com ajuda de um estudo minucioso de bacia hidrográfica, que abrangeu densidade demográfica, mancha de inundação, impacto ao meio ambiente, cálculos de vazão, geografia, topografia, viabilidade funcional", diz a prefeitura.

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