Trechos perto de favelas são áreas de roubos no Rodoanel

Ladrões que atuam no Rodoanel usam diversas estratégias para roubar motoristas e veículos.

As táticas levam em conta situações como trechos sem sinal de celular, quantidade de rotas de fuga, falhas no policiamento e proximidade de favelas.

Para ajudar vítimas a escapar de roubos, o Agora fez um mapa dos pontos mais perigosos entre os 133 km de extensão do anel rodoviário.

Um dos trechos mais perigosos é o sul, na região de Santo André (ABC).

Em nenhum outro local há proximidade tão grande da pista com favelas.

Na altura do km 82, há duas modalidades de roubo: quando há lentidão no trânsito, os bandidos fazem arrastões.

Quando não há congestionamento, jogam objetos na pista para forçar a parada dos carros.

"Foi um dos piores momentos da minha vida. Apontaram uma arma para a cabeça da minha filha", afirmou um economista de 39 anos, vítima de um arrastão no local em dezembro.

Resposta

A Secretaria de Estado da Segurança Pública diz que o policiamento em todo o trecho do Rodoanel é constante e ostensivo, incluindo carros e motos.

São dois batalhões diferentes de Polícia Rodoviária, cada um com uma base na pista. E há planos para a construção de mais uma.

A Artesp (agência reguladora do Estado) diz que a polícia tem acesso a câmeras que monitoram todo o trecho.

A SP Mar (trechos sul e leste) diz que há 91 câmeras e que cedeu 42 carros para a PM. A CCR (trecho oestes) diz que tem 41 câmeras. Sobre o sinal de celular, a Artesp afirma que a responsabilidade é das operadoras.

A SP Mar diz que já as notificou para que toda a área tenha sinal.

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