Médicos afirmam que corte de verba prejudica dez AMAs

A redução do repasse de verba da Prefeitura de São Paulo para as OSS (Organizações Sociais de Saúde) que administram unidades de saúde diminuiu o número de médicos em pelo menos dez AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais).

A informação é do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), que alega que a falta desses profissionais está prejudicando o atendimento à população.

Segundo o Simesp, no caso da SPDM (Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina), que administra as unidades com falta de médico, a redução no repasse da prefeitura foi de 17%.

O presidente do Simesp, Eder Gatti, afirmou que, com a diminuição das verbas, a SPDM cortou os plantões extras em dez AMAs da zona leste, que estão sem médico em determinados horários ou dias da semana.

"Ao terceirizar a gestão [das AMAs], a prefeitura não pode achar que também está terceirizando a responsabilidade de garantir a assistência. Se optou pelas OSS, que fiscalize os serviços ou então que reveja os contratos", disse Gatti.

Resposta

A SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que organiza os plantões médicos nas unidades sob seu gerenciamento de acordo com o orçamento liberado pela Secretaria Municipal da Saúde.

Porém, não informou se houve redução de repasse de verba.

A organização social disse ainda que as variações nos plantões, como contratações para recomposição de equipe, ocorrem em todos os serviços, públicos e particulares.

Resposta 2

A Secretaria Municipal da Saúde afirmou que os repasses à SPDM estão sendo feitos de forma regular e ressaltou que não houve alteração no plano de trabalho contratado, mas não informou se houve redução no repasse de verba para a organização social que administra as AMAs.

"Qualquer alteração no plano de trabalho contratado só pode ser realizada com autorização desta secretaria, o que não ocorreu", disse a secretaria em nota.

Sobre a falta de médicos nas unidades, a secretaria disse que monitora constantemente o preenchimento das vagas junto às organizações sociais e cobra a reposição, conforme o plano de trabalho.

Afirmou ainda que a contratação desses profissionais é uma dificuldade enfrentada em todo o país, por unidades de saúde públicas e privadas.

Por isso, aderiu ao Programa Mais Médicos, do governo federal, e fez concurso para contratar mil profissionais para a rede básica.

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