Cresce número de negros assassinados
Folha de S.Paulo
O número de negros e pardos assassinados no Brasil aumentou entre 2002 e 2008, enquanto os brancos viveram uma situação de maior segurança --o número de vítimas de homicídio entre eles caiu no mesmo período.
No ano de 2002, em cada grupo de 100 mil negros, 30 foram assassinados; em 2008, esse número saltou para 33,6. Já entre os brancos, o número de mortos, que era de 20,6 por 100 mil habitantes, caiu para 15,9.
Os números são do Mapa da Violência 2011, que reúne dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. O estudo, realizado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, será divulgado hoje em Brasília.
O trabalho inclui também mortes por acidente de trânsito e suicídios ocorridos de 1998 a 2008. Os dados por raça só passaram a ser compilados em 2002.
Jovens
Entre os jovens, a situação é de maior disparidade. A taxa de homicídios entre os brancos de 15 a 24 anos caiu 30%; entre os negros na mesma faixa etária, subiu 13%. A categoria negro resulta da soma de pretos e pardos utilizada pelo IBGE.
Em 2002, a cada grupo de 100 mil pessoas, 39,3 jovens brancos morreram; em 2008, foram 30,2. Já entre os jovens negros, a taxa, de 62,4 em 2002, subiu para 70,6 no ano de 2008.
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