Polícia

06/02/2011

Mortes em Franco da Rocha têm ligação com tráfico, diz polícia

Folha de S.Paulo

Uma cidade com poucos recursos policiais, presídios superlotados e intensa movimentação de traficantes. É assim que Franco da Rocha, na Grande São Paulo, levou o ingrato título de município paulista com a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes -- 21,28, mais que o dobro do índice do Estado, que no ano passado foi de 10,48. Em 2009, a cidade já tinha o terceiro maior indicador.

Distante 47 quilômetros da capital paulista, Franco da Rocha é uma cidade dormitório: parte das pessoas que lá vivem passa o dia em São Paulo e só volta à noite para casa. Quanto menor o vínculo da pessoa com o local, maior a possibilidade de ela cometer crimes, diz a polícia.

No ano passado, 28 pessoas foram assassinadas na cidade. Dessas, segundo a polícia, 19 tinham envolvimento com o tráfico de drogas. Em outros três casos o crime foi passional e o restante teve motivações diversas, como brigas de bar e discussões.

Sem latrocínio

"O importante é que não tivemos latrocínio [roubo seguido de morte]. O cidadão de bem de Franco da Rocha está seguro. A maioria dos que morreram viviam no limite, envolvidos com o crime", diz o delegado da cidade, Luis Roberto Hellmeister.

"Não quer dizer que bandido bom é bandido morto, mas mostra que o trabalhador de Franco da Rocha está seguro", faz questão de reforçar o subcomandante da Polícia Militar na região, o major Carlos Jorge Miranda.

Segundo o delegado Hellmeister, dos 28 casos, 11 foram esclarecidos. "É um índice alto para quem precisa investigar homicídio, roubo, tráfico e outros crimes", argumenta o policial.

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